Vesti a camisola do avesso.
Vesti a camisola do avesso.
Uns dizem que é azar, um mau sinal,
Que algo, cedo ou tarde, corre mal.
Por mim, eu não me importo até mereço.
Passeio por debaixo duma escada,
Tropeço em gato preto a toda a hora.
Não ligo! O mau-olhado vai embora,
E sexta-feira 13 não é nada.
Não trago amuletos ou mezinhas,
Nos bolsos não há nada escondido,
Nem patas de coelhos, nem cruzinhas.
Apenas sou um filho desta sorte
Que teima em manter-me protegido
Até da foice impávida da morte.