BELAS PALAVRAS

Quem o molde achará para a expressão de tudo?
Ai! quem há-de dizer as ânsias infinitas
Do sonho? e o céu que foge à mão que se levanta?
                               (Olavo Bilac)



Cedo demais te foste embora e me deixaste...
As minhas mãos vazias não te encontram mais,
e permanecem frias, não terão jamais
aquele aperto forte, em súbito contraste.

Quando chorava  a sós contigo eu entendia
não ter motivo, nem razão para ter medos.
E que conforto eu tinha a ouvir os teus segredos
que me faziam rir... Teu dom, dar-me alegria!

Mas hoje eu lembro apenas das palavras mortas,
embora o coração talvez se aqueça nelas...
E sempre as  mais lembradas,  são aquelas dentre

as mais bonitas, quando abrindo as tuas portas,
por um momento rindo,  já lembravas delas...
E terna, a voz que estava ali presente, sempre.



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