O Lazarento

Filiação putrefata de Tétis e Ares

União insana da parte vil da vergonha

Permissão infeliz da maldita peçonha

Incomum praga aos deuses os pesares.

Das catacumbas os morcegos vorazes

Devoram a carcaça na cova medonha

Sente na alma o mal que tanto sonha

De Brutus o traidor as cobras tenazes.

Na deusa seva a efígie dos rochedos

A instigante figura que aponta seu dedo

Há um aroma de traição quando anoitece.

Um jogador infernal dos degredos

O lazarento surge com seus segredos

Num remate horripilante a alma tece.

DR FLYNN

Dr Flynn
Enviado por Dr Flynn em 28/02/2008
Reeditado em 28/02/2008
Código do texto: T880096