O Lazarento
Filiação putrefata de Tétis e Ares
União insana da parte vil da vergonha
Permissão infeliz da maldita peçonha
Incomum praga aos deuses os pesares.
Das catacumbas os morcegos vorazes
Devoram a carcaça na cova medonha
Sente na alma o mal que tanto sonha
De Brutus o traidor as cobras tenazes.
Na deusa seva a efígie dos rochedos
A instigante figura que aponta seu dedo
Há um aroma de traição quando anoitece.
Um jogador infernal dos degredos
O lazarento surge com seus segredos
Num remate horripilante a alma tece.
DR FLYNN