SONETO DA CHUVA

Todas as gotas da chuva se unem

Em algum ponto de qualquer mar

Amam-se... Separam-se às nuvens

Voltam como estivessem a chorar...

Caem dispersas num rio, num deserto...

Parece então que tudo se desalinha

Um inevitável e imenso desacerto

Obriga cada qual prosseguir sozinha

Vai, pequenina, no seu rumo... Mansa...

Na ausência lhe dão justa importância

Passa umedecendo a semente da esperança...

Prossegue... Sem o mínimo de jactância

Destino... Bem longe... Onde a vista não alcança...

Reencontrar-se e parir de novo a abundância...

Pedro Galuchi
Enviado por Pedro Galuchi em 21/03/2008
Reeditado em 21/03/2008
Código do texto: T910140
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