Poesia do Avesso

Trato assim o meu verso de adeus:

Leio os seus um a um até o fim

No jardim quase imerso de Zeus,

Este deus tão comum quanto a mim.

Quando a folha a esperar meu castigo

For contigo escrever outra escolha

Que não tolha o tal mar por que brigo,

Eis o abrigo a verter esta bolha.

Se, porém a esperança partir,

Pode ir, oh Titan neste amém.

Vai além de quem cansa o dormir,

Sem fugir da manhã que ainda vem.

E se a vã poesia ceder,

Eu vou ter desta estrofe a irmã.