Eflúvios do Amor

Todo um eflúvio de altas preces canta

Embalsamando o lírio de amor da garganta

Toda aurora noturna em ecos vai raiando

As orgias festivas dos amores constelando.

Doma o destino e perfaz o fado

O amor entre pares de luz festejado

O doce amor meigo, celeste, terno

Que vai bater aos umbrais do eterno.

O misterioso elo que une tantos entes

No vórtice caudaloso das nascentes

Vai em sacros ritos deflorando a esfera

Harmonia de amor erra de era em era

Compõe os buquês da formosa terra

E as lavas de luz das líricas torrentes.