Corri atrás do belo, do perfeito.

Corri atrás do belo, do perfeito,

dum rabo que rebola à minha frente

de algo que se diga diferente

da curva opulenta de um peito.

Segui mais de mil pistas disfarçadas

atrás de um perfume ou simples cheiro

armado em cão de caça, perdigueiro,

atrás de umas pernas alongadas.

Tirei, qual costureiro, as medidas,

tentei eu seduzir as escolhidas

com gestos, com palavras, com trejeitos.

Agora, perfeição, já não me iludes!

E hoje, muito mais do que virtudes,

procuro apreciar os teus defeitos.