O impossível Ideal

Covarde e cruel, o inimigo que te punge

Antro de orgulho ante a cadência do azul

Cujo riso é como a prostituta que finge

Decifra essa esfinge e seu fatal paúl!

Humanidade, de asas curtas, restringe

O largo sonho de um albergue do sul

A ampulheta do tempo, que cinge

A tumba do espaço em hibernal friúl.

Quiséramos um reino, algum principado

Talvez, que afogue o orgulho cruel

Que converte em privações o mel.

E aborto o prêmio da sorte! É pecado

Amar? Essa é a razão cujo fel

As eras do amor tem em pranto tornado.