Mulher Moderna
Vibra o amor pela tua carne, estátua
De pomposo esplendor, hino de juventude
Amar-te assim é albergue de beatitude
Na plenitude sensual duma sonata.
Não há em ti senão o desejo que acata
Mulher moderna! O olhar doce de infinitude
A oferta de volúpia que Venus desata
E o eco do desvario e da mansitude.
Suave anjo dado ao gozo carnaval
Bela escultura grata ao paladar ideal
Que em curvas se perfaz e se renova
Oh! que verão de amor ou luxúria, tua cova
E sobre a andança peregrina da carnagem
O verso eloqüente ousa cantar-te selvagem.