Do Amor Perdido

De onde vem esse anoitecer
E a saudade antes contida,
Que quando sangra faz chover
Em minh’alma triste e perdida?

Não há manhãs em meu entristecer...
Só tua ausência em mim refletida,
E a voz que não deixa esconder,
A dor d’alma ora arrependida.

Busco aflito os lábios que deixei
Nos doces carinhos de outrora.
De joelhos profiro que pequei,

Peço-te a Deus, ó Minha Senhora!
Peço para viver o que sonhei
Num eterno dia que não chora.