Soneto de Amor no Século XXI

Oh! tu que tens nos olhos o negro da noite escura

Cheia de mistérios, cheia de doçura

Apraz perder-me em teu corpo, encarnação da lua

Apraz achar-me em tua alma, porque te traz ventura.

Um dia, molemente recostado a tua sombra

Vou excruciar teu ser de prazer junto a alfombra

O amor é infinito, não tens um medo sequer

Belas, há outras, nenhuma é mais mulher.

Se uma parte nossa se velasse, sinto

Que seria belo como um véu no infinito

E teria o chiste afável da alegria

Que torna o mundo real melhor que a fantasia

E por capricho, e para completar o soneto,

Como o amor torna um século obsoleto!