Tua Paris
Por toda a avenida dos Champs Élysées,
Molhando o circuito dos prédios antigos,
A chuva pra torre serve de abrigo
E o espelho no asfalto reflete o que vê.
Comigo tu danças ao som do alaúde,
Mas inflam teu peito lembranças febris.
Saudade que tens duma velha Paris,
Num tempo passado que volta amiúde,
As flores do mal, do poeta a canção,
Sensuais as pinturas do mestre Renoir...
No ar se respira bem mais que emoção.
- Rincão do anarquismo - viemos pra cá,
Não somos turistas, aqui é o nosso chão,
Cá estão pois meus anjos e o teu orixá.