TORMENTO

Alma inquieta, atormentada, quase louca,

Que procura intensamente pela tua boca;

E fazes questão de fugir sempre de mim,

Deixando-me dopado. Tormento sem fim.

Por que negas um carinho a quem te ama?

E tripudias maltratando essa pobre alma,

Que tem por único pecado amar demais;

E te querer apenas; teu amor e nada mais?

Por que negas a mim se não tens ninguém?

Sabes que esse nosso querer nos convém;

Por que me colocas nesta loucura infame?

Deixando-me em estertores tão delirantes;

Por que jogas um jogo, um jogo de instante,

E nega-me a brisa, a calmaria dos amantes?

Lúcio Astrê
Enviado por Lúcio Astrê em 24/04/2008
Código do texto: T959365
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