“CINCO MINUTOS”

Quem se entrega aos seus “cinco minutos”

de explosão, ou de fúria que cega,

e se torna o mais bruto entre os brutos,

relegando o bom-senso que prega?

Quem se curva a tão altos tributos

por agir sem pensar, e se apega

à ilusão de que seus atributos

não se alteram depois de uma esfrega?

De uma planta doente, sem rega,

impossível colher alguns frutos,

e os que vingam a praga carrega.

Digo a quem seja assim, e não nega:

— No primeiro dos “cinco minutos”,

bebe todas, meu caro, e sossega!

Dorival Coutinho da Silva
Enviado por Dorival Coutinho da Silva em 09/05/2008
Reeditado em 05/10/2008
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