Fogo sagrado do amor

Ó meu senhor de todos os saberes,

Pude beber a sua santa chama

E no seu fogo arder, posto quem ama

Ser escravo fiel aos seus quereres.

Flor ígnea ter-vos-á. Ainda eu possa

Viver no credo e, ao me sentir inteira,

Submeter-me a vós - ser a amante vossa,

Negar-vos quantas vezes eu me queira.

Se não vos posso ver como presença,

Tão pouco do saber ainda me resta,

Às cegas, a apalpar a vossa essência.

De mim, jamais direi o amor que tive,

Nem do fogo a arder o esquecimento,

Nas dores do morrer que o amor vive.

Canoas, 09 de maio de 2008/RS

Inspirado no verso de Camôes

*O amor é fogo que arde sem se ver*

Eliane Triska
Enviado por Eliane Triska em 10/05/2008
Reeditado em 12/10/2013
Código do texto: T983633
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