Devaneio

O olhar repousa plácido no mar,

Suaviza os contornos da tua face.

Tu és criança e te pões a sonhar,

Como se a alma extasiada pairasse.

Queria ser a onda livre e forte,

Não receia e é plena a se estender,

Que vai e vem, e dança, e tem a sorte

De estar contigo e assistir teu prazer.

Queria ser a areia, tão sem senso,

Que se cala e se doa em cortesia;

Ser o sol, seu calor já tão intenso,

Que liberta e conduz tua alma ao ar.

Tantas vezes pensei como seria

Pousar no mesmo mar o meu olhar...

Magmah
Enviado por Magmah em 14/05/2008
Reeditado em 15/05/2008
Código do texto: T989831
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