Suspiros e insanidades

O espaço invisível aos olhos do mundo

Escondido e intocado pela realidade,

Mascarado e vestido de saudade

É o soluço do mar no abismo profundo.

Observando o balé das ondas graciosas

Em seu vai e vem monótono e triste,

Tem as feições do sonho que insiste

Em se fazer de noites insones e ociosas.

E na ânsia do amor fadado à própria sorte

Ao sabor do vento infestado de estrelas

Sob as luzes do luar são mil centelhas

Que viajam sem rumo... perderam o norte

Da realidade insana de sua maior desdita

À espera da remição de sua vida maldita!

Nísia Maria de Souza
Enviado por Nísia Maria de Souza em 14/05/2008
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