Enfado

Na minha consciência há muito zelo,

Jamais eu quis um deus que fosse triste.

Não há presença dele e por não vê-lo,

Eu não o creio e pra mim não existe.

Porque só sei andar só, eu vou indo,

E comigo sempre um sabor de ausência.

Um passo em falso, tropeço e é findo

O viço que era meu, perco a cadência.

Eu mantive esperanças que hoje somem,

Extingui sonhos que me sustentavam.

Procuro brasas acesas que domem

O que mias fraquezas d’alma ora cavam.

Disse o poeta: ser triste é ser homem.

Onde estão mias tristezas que restavam?

Magmah
Enviado por Magmah em 19/05/2008
Reeditado em 19/05/2008
Código do texto: T995986
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