Desordem!

Estou no meio de um túnel escuro e frio

Sem calor, já sem forças, a caminhada

Se arrasta dolorosa em direção ao vazio

Tornando mais incerta a inóspita jornada.

Em meio ao vendaval destruidor estou inerte

No olho do furacão sinto a paz traiçoeira,

No vão do destino espero que a flexa acerte

Um prognóstico de vida mais alvissareira.

Sinto a solidão de todos, o fardo é pesado...

O mundo em gemidos agoniza em sofrimento

A teia da vida ameaça romper seu reinado...

O sonho de um, no sonho de todos, é avarento,

Nos percalços do meu caminho sou tornado

Que na tempestade de uma vida é só lamento.

Nísia Maria de Souza
Enviado por Nísia Maria de Souza em 20/05/2008
Código do texto: T998409