Desordem!
Estou no meio de um túnel escuro e frio
Sem calor, já sem forças, a caminhada
Se arrasta dolorosa em direção ao vazio
Tornando mais incerta a inóspita jornada.
Em meio ao vendaval destruidor estou inerte
No olho do furacão sinto a paz traiçoeira,
No vão do destino espero que a flexa acerte
Um prognóstico de vida mais alvissareira.
Sinto a solidão de todos, o fardo é pesado...
O mundo em gemidos agoniza em sofrimento
A teia da vida ameaça romper seu reinado...
O sonho de um, no sonho de todos, é avarento,
Nos percalços do meu caminho sou tornado
Que na tempestade de uma vida é só lamento.