Assalto à Lingua Portuguesa!

O jornal ABC do Amigo Jornalista Raul Mesquita do Canadá, publicado no dia 25 de Maio ultimo,  traz um comentário que interessa a todos os falantes e usuários da Lingua de todos nós.
Neste comentário, que eu transcrevo aqui em parte pela actualidade do dia de amanhã – 10 DE JUNHO – Dia de Portugal – Dia da Raça Lusitana – Dia de Luis Vaz de Camões, o Maior Escritor de Lingua Portuguesa de todos os tempos e por isso mesmo DIA DA LINGUA PORTUGUESA.
Diz-nos o Senhor Fernando Santos Pessoa de Faro, que o Dia 05 de Maio homolado recentemente pela ONU, como sendo o Dia da Lingua Portuguesa não tem base jurídica e muito menos não tem base intelectual que lhe possa sustentar tal comemoração e porquê?
(início de citação)
… O dia 5 de Maio, foi o dia mundial da lingua portuguesa, que infelizzmente tem sido abastardada com o maléfico  AO (ANUNCIO OFICIAL)  que dizem estar em vigor, embora haja juristas, e não só, que dizem não estar!!!
Espanta-me – ou talvez não! – o desplante com que se modifica a nossa lingua por decreto, elaborado por uns pseudo-iluminados. O AO não serve para nada e é mais uma triste imagem da parolice nacional. Já alguém viu a Grã Bretanha, a França ou a Espanha a fazerem patetices destas com o Inglês, o Francês ou o Castelhano???...
(fim de citação)
Vamos voltar um pouco no tempo!... Logo no primeiro Mandato do Ex Presidiário, Ex Presidente do Brasil,  em 2003 ele recebeu a Comenda da Universidade de Coimbra de Doutor Honoris Causa, que Nunca lhe foi retirada, nem mesmo depois de ele declarar em Público repetidas vezes que era semi-analfabeto!
- Mais ainda na sua ideologia cultural ele se auto entitulou o dono da Lingua Portuguesa porque como era Presidente do Brasil, um País com mais de 210 milhões da falantes da Lingua de Camões, ele merecia ser o dono da Lingua!
Como diria o meu saudoso Amigo Escritor Vasco dos Santos, autor de mais de 24 títulos Editados em São Paulo sempre em lingua Portuguesa,  absolutamente erudita com um alto conhecimento do POVO E DA ALMA de Portugal D’Aquem e D’Além Mar em África, Ásia América e Oceania… “oh santa inguinorança a deste Doutor Honório das Causas impussívis”! – O Brasil é atrasado por culpa dos Portugueses!
Mas voltemos ao verdadeiro assalto à cultura Lusitana homologada pelos Doutos Magníficos Reitores da Universidade de Coimbra, e por juris consult post mortem pelo nosso Rei Poeta Dom Dinis.
Ao voltar para Brasilia com o Título de Doutor Honoris Causa, ele se apressou a Publicar no Diário Oficial da Répública do Brasil por Decreto Presidencial o Dia 05 de Maio como sendo o DIA DA LINGUA PORTUGUESA do Brasil.
A Universidade de Coimbra foi Em 22 de junho de 2013 declarada Património Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura pela UNESCO… e aqui chegamos ao covil dos assaltantes que ainda andam por aí à solta.
Como a UNESCO tem a sua Sede operacional em Paris, foi lá que começou o plano para roubar o DIA DA LINGUA de 10 de Junho para o dia 05 de Maio.
Seria por demais entediante aos analistas do assunto, contestar na UNESCO algo que a ONU já homologou com o beneplácito do actual Secretário que, para mal dos nossos pecados é também Português (eu acho que é!?) e senta ao lado dos Intelectuais Globais, principamente dos Países (PALOP) de Lingua Oficial Portuguesa, que simplesmente disseram “Amém” para uma iditotice destas!...
Só para lembrar;  a Universidade de Coimbra é a Segunda mais Antiga da Europa, fundada por Dom Dinis,  a sua história remonta ao século seguinte ao da fundação da Nação Portuguesa, dado que foi criada a 01 de Março de 1290, quando o rei D. Dinis I  assinou na cidade de Leiria o documento “Scientiae thesaurus mirabilis” criando assim a universidade, o qual foi intermediado e confirmado pelo Papa.
Fixada definitivamente na cidade de Coimbra em 1537, sete anos depois, todas as suas faculdades se instalam no antigo Paço Real da Alcáçova (denominado Paço das Escolas, após a sua aquisição pela Universidade de Coimbra em 1597).
Vale lembrar que (acredita-se) Luis Vaz de Camões terá nascido também em Leiria em data incerta aproximadamente 1524...
Não há certeza absoluta quanto ao ano da morte do poeta. D. Gonçalo Coutinho em 1594 pôs-lhe na sepultura da Igreja de Santa Ana uma lousa com a seguinte inscrição: «Aqui jaz Luiz de Camões, príncipe dos poetas do seu tempo, morreu no ano de 1579, esta campa lhe mandou pôr D. Gonçalo Coutinho, na qual se não enterrará ninguém». O documento relativo à tença de Camões (Livro III das Emendas, fl. 137 v., Torre do Tombo), reclamada a título de sobrevivência pela mãe dele, Ana de Sá, refere que o poeta teria morrido em 10 de Junho de 1580... Em qualquer dos casos, se 10 de Junho se refere ao calendário juliano então em vigor, no calendário gregoriano atual corresponde a 20 de junho, dia em que se deveria celebrar o aniversário da morte do poeta e não o 10 de Junho... (Mário Saa, As Memórias Astrológicas de Camões, Empresa Nacional de Publicidade, Lisboa, 1940, pgs. 313-317)
Por isso eu tenho esta frase emoldurada: honremos os mortos, porque os vivos o mereçam!  Portugal é Eterno e nunca se diga Adeus para sempre!
Silvino Dos Santos Potêncio

Emigrante Transmontano em Natal/Brasil desde 1979.
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De: Silvino Potêncio >>>  A título de intróito!...

Recentemente fui honrado pelo convite do editor da Revista “Vida Lusa” (Jornalista António Cardoso), para ali prestarmos a nossa colaboração literária, convite esse que aceitamos de MUITO bom grado.

- Dos vários escritos que circulam pela rede virtual, com a minha autoria e assinatura, eu destaco, a título de explanação mais ou menos preliminar aos leitores desta publicação, que uso!, e ... quem sabe, por vezes até abuso, da subtil diferença entre o “falar” e o “escrever” bem daquilo que os outros falam mal!

- A lingua Portuguesa, como disciplina, é extremamente trabalhosa e não raro é encontrar escritores lusófonos, os mais galardoados, que constroem as suas frases “kilométricas” sem pontuação, ou, quando muito, fora de contexto, o que obriga o leitor a reler para entender o sentido da “coisa”!...

- Quem não se lembra das enfadonhas horas de estudo para tentar encontrar o sujeito dentro da oração, e afinal o sujeito nem estava lá, porque era oculto!... outras vezes o complemento directo se esconde atrás de alguma adverbiação conjectural e se torna em complemento indirecto!?... É... é assim, mais ou menos como acontece na politica vigente desactualizada; utilizam-se meios de antigamente para atingir fins de futurologia, e justificar erros do passado porque, a ciência da discussão em sociedade nem sempre se adapta à politica “xuxialista” do interesse dos seus mentores que sempre veem, e é tão a propósito das convenientes operações globais intercontinentais da actualidade. – Num futuro muito breve, nós teremos que acrescentar-lhes verbetes interespaciais, palavras e frases inter-galácticas e universais.

Devido à minha condição emigrante de mais de cinco décadas, fora da Aldeia Natal,... muitos dos meus  escritos teem a influência dos verbetes assimilados nesse percurso de vida pelo que, os leitores podem se preparar para; quiçás ter de ler novamente alguns paragráfos no todo ou em parte e encontrar neles o sentido critico da firula, do chiste, da metáfora do trocadilho, do pleonasmo, da rima tautológica com fonética corrida, não calculada nem métrica, muito menos silábica porque, quando escrevemos soltamos o verbo!...com todas as sílabas.
“Voismecês” imaginem um cavalo puro sangue da verdíssima região do Ribatejo, em contraste cavalgar ao sul de “Al Ku Chete” onde outrora se perdia a vista por cima de searas ondulantes de kilómetros de trigo, centeio, cevada, e... hoje se perde a vista embaçada pelas lágrimas das areias da erosão migratória para terras de Espanha e além Pirinéus!... é esse o meu estilo esteriotipado do emigrante que busca na distância aquilo que deixa fenecer debaixo do próprio nariz.

Para suavizar uma saudade permanente e adquirida por força do destino de cada um de nós, no momento em que saimos de “debaixo das saias da mãe” nós temos, ultimamente, inculcado muitas novas palavras no nosso léxico e principalmente no linguajar popular do dia-a-dia a que vulgarmente se chama no – Nordeste Brasileiro – falar o básico “feijão com arroz” ou então no Nordeste Transmontano de conversa de soalheiro com um prato simples de... “batatas com couves”!...e um pingo d’azeite!
- É justamente neste linguajar mesclado de emoções divergentes que nós sacamos a decomposição literária da raiz do deboche erudito com a matreirice irónica, de trocar o “v” pelo “b” de decompor a palavra acima: “di ver gentes” e não ver apenas animais a ler!...

- Termino este intróito por lhes dizer que, até mesmo na escrita muitas vezes se gagueja!... e portanto não estranhem muito se por acaso detectarem alguns “gagues” aqui nesta minha forma de comunicar a brincar porque nem só de onomatopeias vivem os contadores de “estórias” – às vezes é necessário criar textos de “fique são”!...

--- Melhor dizendo; fiquemos todos em corpo são, porque a mente tem todo o direito de viajar no tempo e no espaço!... que começa a ficar insano.
É o caso do buraco do Ó Zónio!...
Espero desta forma ter explicado uma das razões da proibição do uso de fumo em lugares publicos e/ou descobertos pelos fiscais da ASAE (Associação dos Servidores de Apoio ao Emigrantado).
Isto porque o Ó Zónio solta o gás carbónico em todas as direcções, e quem está ali por perto não é obrigado a “viajar” na onda dele, entendem???...

Como diz o “cumpáde” do Além Tejo... cada cual mija cassua! – Kumé ke tá mulenga, hein cumpáde??!!..

Abraço a todos!...
O Autor: Silvino Potêncio - Janeiro/2008
Emigrante Transmontano – o Home de Caravelas - Mirandela
(texto recuperado  do blog zebico.blog.com) 
Silvino Potêncio
Enviado por Silvino Potêncio em 07/10/2010
Reeditado em 09/06/2020
Código do texto: T2542727
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