SIGLAS QUE COMUNICAM - DILMA



- D. Laura, ligue para GERTRUDES desmarcando o encontro de logo mais à tarde.
- Namorada nova?
- Não, GERTRUDES - Gerência de Trabalho Urbano e Desenvolvimento. Não vou poder atendê-los, porque estou com DILEMA e SUORES.
- O senhor não está passando bem?
- Estou ótimo, por que a pergunta?
- O senhor não está com dilema e suores?
- DILEMA - Diretoria de Legislação Marítima, e SUORES - Superintendência de Organização, Estatística e Sistemas - estou em reunião com eles e vai demorar. Anote na agenda que o relatório mensal está com DEFEITO.
- Está errado?
- Não, não. Ele está com o Departamento de Fabricação de Eletrodos Ímpares Torneados. DEFEITO. Depois avise ao presidente que não estou mais agüentando trabalhar com SIGLAS.
- Que ótimo, nem eu, nem eu. A empresa vai acabar com isso?
- A senhora parece que bebeu! Acabar com SIGLAS - Superintendência Industrial de Gases Leves e Autoclaves Simples? nem pensar. Ligue também para Dilma, informando que amanhã estou livre na hora do almoço.
- Já sei. DILMA - Divisão de Limpeza e Manutenção, certo?
- Não. Dilma, minha nova namorada.

___________________________________________________________
A COISA E SEU ESPÍRITO

Engraçado, vocês já param para pensar no que vem a ser exatamente, ou quase exatamente, o espírito da coisa?
Primeiro temos que entender o que é a "coisa". Ela pode estar preta, por aí temos uma pista, mas algumas vezes, ela, a coisa, é a mesma, ou então outra, ou nem uma coisa e "nem outra".
Pode-se nos apresentar estranha, esquisita ou ser uma à-toa, sem valor, e ela fica confusa, meio coisa de doido.
Coisa engraçada! Que coisa! Quer dizer, a "coisa" não é uma coisa assim na batata, bam-bam-bam. Tudo depende da situação, da coisa em si, que, por vezes, pode nos levar a dizer: Coisa horrorosa. A coisa vai se complicando, se tornando uma coisa fora do comum e nos provoca uma coisa no estômago, ou qualquer coisa do gênero.
Partimos agora para o tal espírito da coisa. Ele deve ser sacado, entendido, percebem? sei, sei, dado que em se tratando da "coisa", a coisa ficou enrolada, falar no seu espírito, então, já é demais, é uma coisa sem nexo. O espírito dela é sutil, não é dito, é subentendido, pois, caso contrário, ele seria óbvio e não existiria a pergunta: Sacou o espírito da coisa?
Alguns metidos a malandros acham que só eles percebem-no, criam interpretações, lêem nas entrelinhas e julgam que são íntimos deste espírito. Coisa absurda!
Para terminar escrevo só mais uma coisa sobre essa coisa toda. Existe um dito que encerra na questão: "são essas coisas..." Deu para você sacar o espírito da coisa?