O ADJETIVO NA CONSTRUÇÃO DO POEMA

A. A., amada e dedicada poeta!

(Peço observes no meu perfil em Facebook/Meta, 19/02/2024: Volto na intenção de contribuir e agradecer por tua interlocução: ... "codificado entre metáforas e conotativos rebuscado com adjetivos".)

Vejamos: “Adjetivo é toda palavra que se refere a um substantivo indicando-lhe um atributo”. (Wikipédia)

Sim, estás correta, pode até ocorrer o rebusque no palavreado, porém há que se ter muito cuidado com os adjetivos de modo a que estes não prejudiquem os substantivos, que são elementos essenciais ao entendimento do conteúdo, assunto ou contexto, na peça poética.

Os substantivos são protagonistas no poema: demarcam a amplitude (ou não) da subjetividade autoral no poema. A atuação substantiva prepondera como sujeito de ação ou cumprimento de objetivo.

Os adjetivos, em geral, são acessórios no organismo verbal bafejado de beleza e ritmação, dão amplitude ou profundidade à palavra, ora realçando, ora minimizando, enfim, qualificando o conjunto verbal representativo do gênero Poesia.

Contudo, a adjetivação tende a prejudicar a essência rítmica do poema, principalmente os adjetivos que são catalogados gramaticalmente como polissilábicos.

Eu sempre aconselho que o qualificativo com silabação fônica igual ou superior a quatro sílabas seja colocado no final do verso, desde que ritmicamente aconselhável e/ou não apresente prejuízo ou dificuldade para o entendimento do acervo de imagens constantes no verso ou no conjunto da peça poética.

Com este detalhamento metodológico pretendo auxiliar no processo assaz desafiador de se fazer, produzir ou cinzelar, objetivando a construção de um poema no qual pontifique a Poesia, que é o resultado estético bem-sucedido no conjunto verbal, em poética.

MONCKS, Joaquim. O CAOS MORDE A PALAVRA. Obra inédita em livro solo, 2024.

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