Como é forte a lembrança...
Ai...quase como um legado
que, ao presente, se choca.
E me sinto meio boboca
(nesse porão tão abafado)
a ouvir uma cantiga mansa:
De uma época de bonança,
o teclado, agora amarelado,
toda minha saudade evoca.
...
Mas hoje, jogado e esquecido,
o meu piano não mais toca
a canção de um tempo perdido.
- Quando foi que perdi essa criança?
Silvia Regina Costa Lima
7 de junho de 2011
* Na gravura: ' Studio Interior' (1923) de Alwar Caven