Desejos

Eu quero minha rosa vazia

cheia de rígidas paredes

onde esfacelo minha nuca.

Eu quero minha adaga obtusa

cortando a língua afiada

com minha voz surda.

Eu quero meu cálice vazio

cheio de golpes passados

onde embriago meus atos.

Eu quero a opinião confusa

estragando o que é óbvio

nessa discussão absurda.

Majal San
Enviado por Majal San em 20/06/2023
Código do texto: T7817878
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