O longo sequestro...

Era uma vez um seqüestro, num bairro de classe baixa, do estado mais habitado, de um país chamado Brasil. Numa tarde como outra qualquer um jovem desesperado pelo termino de um relacionamento resolve fazer mal a quem ele sentia ter feito lhe sentir mal também. Mas a coisa tomou um rumo diferente, com amplitudes, pois ele queria tirar satisfações com a sua ‘amada’ mas chegando lá, encontrou seus amigos, e uma amiga, o plano mudou... Ele começou a se complicar, e a estender sua ação, e já não tinha mais um plano, e já não sabia o que fazer, e virou atração na TV, do Brasil e o mundo! E horas e mais horas se passavam e nada se resolvia, a aflição de todos aumentava e o seqüestro se estendia.

Mas não quero destacar a atitude deste jovem, não sou psiquiatra, psicólogo, ou entendido suficiente para descrever ou julgar as ações a nível social ou jurídico de tal indivíduo, quero apenas deixar bem claro que, na minha opinião, em específico neste epísodio não acredito que a condição social do coadjuvante desta triste história em nada influenciou os fatos, ele teria feito isso sendo bem sucedido na vida ou não, pois quando se trata de sentimento e ações inesperadas sem calculo prévio agindo apenas com emoção nada disso importa.

Quero destacar nessa minha escrita, a ação de um grupo de pessoas, pessoas estas que confiamos nossa segurança, que treinaram (sabe se La que tipo de treinamento) que estudaram (será mesmo?) e que foram consideradas aptas a agir em momentos de tensão como esse (consideradas por quem?) e quando se precisa delas, elas nos provam exatamente isso que o país inteiro acompanhou, um total despreparo. A forma ridícula e irresponsável como a policia paulista e ainda mais, o gate, grupo de ações táticas especias de São Paulo conduziu todo o enredo da tragédia, so evidencia uma coisa, o nível amador da policia brasileira. Estes senhores que estão a frente deste comando e que hoje depois do desfecho final vem a imprensa declarar a população que fizeram o melhor, mas, infelizmente as coisas não saíram como planejado, estes senhores deveriam no mínimo, veja bem, no mínimo, serem afastados por tempo indeterminado de suas funções, passarem por um julgamento por corte imparcial afim de atestar a capacidade ou não de continuarem com suas patentes.

A tática do gate neste caso so apareceu no nome, pois em nenhum momento foi desempenhada alguma função eficaz de ataque para tentar resolver a situação, em nenhuma hipótese deveria ser entregue a refém que já estava salva e pra isso não precisa ser nenhum especialista ter certeza. Um negociador que permite um seqüestro chegar a tal ponto... se estender por tanto tempo... quanto tempo este ‘negociador’ tem de profissão?

E ouvi algumas pessoas comentarem, ''mas que isso, eles estavam em um apartamento e a vida da refém?'' Não podiam mesmo invadir assim de qualquer maneira... Mas que merda é essa? Esses senhores passam por anos de treinamento sabe pra que? Pra fazer exatamente isso, invadir, salvar, se preciso matar quem ameaça a integridade humana de um inocente, e quando mais precisamos deles, é isso que fazem... Demoram horas pra se tomar uma atitude que não resulta em nada além do pior, a merda que fizeram, entraram ali como touros na arena, técnica, tática, nada disso foi visto.

Se o estado não consegue oferecer uma segurança eficaz, de maneira sólida e confiante a quem vamos nos submeter? e a que tipo de situações vamos ter de enfrentar ate a policia se achar apta a desempenhar corretamente o papel da... polícia. Então me lembro da música... ‘polícia para quem precisa, polícia para quem precisa de polícia!

Thiago Paiva Moreira
Enviado por Thiago Paiva Moreira em 21/10/2008
Reeditado em 22/10/2008
Código do texto: T1240055
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