Conceito de ética

Ética é a ciência do comportamento moral dos homens em sociedade. Pode-se considerar uma ciência, pois tem objeto próprio e métodos próprios. O objeto da ética é a moral. A expressão MORAL deriva da palavra romana mores, com sentido de costumes, conjunto de normas adquiridas pelo habito reiterado de sua pratica. Ou seja, o conjunto de regras de comportamento e formas de vida através das quais tende o homem a realizar o valor do bem.

Em seu teor etimológico, ética seria uma teoria dos costumes, ou melhor, uma ciência dos costumes. Já a moral não seria senão objeto da ciência. Como ciência, a ética procura extrair dos fatos morais os princípios gerais a eles aplicados. O que designaria a ética não seria apenas uma moral, conjunto de regras próprias de uma cultura, mas uma verdadeira “metamoral”, uma doutrina que vai além da moral. A ética aprimora e desenvolve seu sentido moral e influencia a conduta.

2-Moral absoluta ou relativa?

a norma de conduta provém de um valor objetivo ou decorre de uma fixação arbitraria? Ela é valida para todos em todos os tempos e lugares, ou sua validade é historicamente condicionada? Existem duas posições antagônicas: uma absolutista e outra relativista. De acordo com esta, a norma ética tem vigência puramente convencional e é mutável. De acordo com a primeira, a validez é atemporal e absoluta.

A tese objetiva conduz a conclusão de que não há criação nem transmutação de valores, senão descobrimento ou não descobrimento desses valores. Uma das missões capitais da ética consiste precisamente em afinar no homem o órgão moral que torna possível tal descobrimento.

Enquanto isso a tese subjetiva postula autentica criação de valores por vontade do homem. Estes formulam, à medida do necessário ou do oportuno, a escala que lhes servirá de parâmetro na conduta inserida naquele momento histórico e de acordo com o estamento a que pertencem.

3-A classificação da ética

A ciência dos valores admite tantas classificações tantas as escolas, ideologias ou correntes de pensamento. A classificação presente leva em conta as quatro formas fundamentais de manifestação do pensamento ético ocidental. São elas a ética empírica, a ética de bens, a ética formal e a ética valorativa. Ao se classificar, pretende-se compartimentar o conhecimento e sistematiza-lo, de maneira a tornar mais fácil a sua localização e sua memorização.

3.1-Ética empírica.

A construção distintiva entre filosofia empírica e filosofia pura se deve a Kant. Para ele, empírica é a filosofia baseada na experiência e pura a fundada em princípios racionais. Singelamente, ética empírica é aquela que pretende derivar seus princípios da observação dos fatos. Os empiristas sustentam que as teorias da conduta se baseiam no exame da vida moral. Os preceitos disciplinadores do comportamento humano estão implícitos no próprio comportamento. Para os empiristas, se nada é absolutamente bom, o mais conveniente é procurar condutas que pareçam mais benéficas à sociedade e ao individuo, fazendo do útil o preceito moral supremo. A ética empírica se divide em três: a anarquista, a utilitarista e a ceticista.

3.2-Ética dos bens.

Esta formulação depende, ao contrario do relativismo, da existência de um valor fundamental denominado bem supremo. A vida é um caminho rumo a um objetivo.

Essa formulação pode ser feita em toda e qualquer atividade. Trabalha-se para consecução dos bens da vida. Luta-se para atingir um ideal e este é que alimenta as agruras da existência. Assim é a totalidade da vida. O supremo bem da vida consistirá na realização do fim próprio da criatura humana. Esse objetivo, na hierarquia dos bens é o que se chama de bem supremo. Quando alguém se defronta com um bem que não pode ser meio para nenhum outro, esse é o seu bem supremo. O eudemonismo, o idealismo ético e o hedonismo são as manifestações mais importantes da ética dos bens.

4- A moral cristã

A civilização ocidental é conhecida como civilização cristã. Os seus valores são oriundos do cristianismo e da sólida tradição judaica.

A primeira fonte da moral cristã é a bíblia, e os fatos nela narrados tem intenção moralizadora.

O decágolo não é apenas um elenco de deveres religiosos e jurídicos, mas também de preceitos morais.

São Paulo ao lado das uatro virtudes filosóficas- a sapiência, a temperança, a coragem e a justiça- instaura uma nova moral, calçada sobre três virtudes: a fé, a esperança e a caridade.

A caridade e a justiça nunca poderão estar dissociadas, uma e outra, cada um a seu lado, exigem o pleno reconhecimento efetivo dos direitos da pessoa para qual está ordenada a sociedade com todas as suas estruturas e instituições.

5-Conclusao.

A ética sempre foi tema a preocupar a sociedade. Não há filosofo que não a tenha examinado.

No entanto, impossível é ter aspecto conceitual da ética devido às inúmeras formulações teóricas e a permanência do tema nas discussões filosóficas da humanidade que a conduzem a uma relevância e atualidade.

Constata-se que os estudos universitários-principalmente o jurídico- padecem de negligencia aos preceitos éticos. De nada vale tentar coibir um profissional já formado eticamente falando. São as cadeiras acadêmicas que tem essa função formadora da moral. A moral necessária à sociedade atual.

Lótus Negra
Enviado por Lótus Negra em 22/03/2011
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