RECONSTITUINTE!

(A quem possa este texto interessar e conhecimento dele haja de pertencer)...

Para reedificarmos os nossos erros, necessário se faz uma plena introdução de nossas idéias em retrocesso ao nosso âmago, de onde saíram desordenadamente sem um ponto de apoio e uma linha de visada que lhe proibisse o ricochete diretamente contra o próprio emissor, ou seja: Nós mesmos!

A idéia é como o pensamento que precisa ter uma boa conjectura, clareza e dinâmica abrangente de todo o universo onde se queira intervir, jogá-la ou dinfudí-la apenas como algo premente, é uma necedade e, na certa, nos custará um imenso sacrifício, com as suas arestas nos atingindo e nos salpicando de impurezas e eventos negativos contundentes.

Ter idéias é fácil e muito comum, até os débeis mentais as têm em profusão, o que se torna difícil é o concatenar delas com outras diversificadas e alheias aos lugares comuns de cada uma, visando surtir um efeito correto no alvo desejado.

Com a facilidade da fonte emissora, muitos se ufanam de serem os donos da verdade e ficam a distribuir idéias a granel ou, pior! Cobrando por elas muito caro, em razão da dificuldade do canalizamento tranqüilo que as levariam em direção da jusante, num porto imaginário de junção com outras coletadas no trajeto. Local onde ocorreria a plena distribuição de seus benefícios em prol de toda a sociedade, caso tivesse ocorrido, no itinerário, o beneficiamento de suas virtudes jogando para as margens os detritos negativos, improdutíveis e imperfeitos nelas inserido pelo primeiro emissor e os coadjuvantes agregados.

Pior do que tudo isso é o ser humano que se omite dizendo não ter nenhuma idéia para si ou para difundir. É como um fantoche manejado pelas idéias dos que o circundam, nada produzirá para o bem comum ou dele próprio, sendo apenas levado pelas estradas de sua infeliz vida sem nem ao menos saber por que está vivendo, confirmando a lapidar frase de um poeta:

“Todo homem que uma idéia não tiver é como um cego junto a um abismo sem um bordão sequer!”

Com o evento da república e a conseqüente democracia, a idéia saiu dos reinos, impérios ou ditaduras e ganhou a massa popular, até então marionetes das decisões que lhe eram impostas pelos governantes. No principio, ela negaceou pelas avenidas, ruas e cidades, mesclando-se com os vilarejos e ruelas sem, no entanto, ter uma forma balizadora que pudesse extrair-lhe o cerne possibilitando a junção com outras idênticas a favor do bem social, caíra, de cheio, sobre quem não estava acostumado a tê-las para distribuir ou, receptáculos para amealhá-las e, consequentemente, delas fazerem uso com outras para a realização da comunhão criteriosa dos benefícios que dela pudessem usufruir.

A democracia atingiu a maioria dos homens como a alforria alcançou a maioria dos escravos:

Vendaval repleto de tornados contra uma extensa campina desnuda de árvores! Apenas veio, invadiu, efetuou redemoinhos, mas... Não encontrando nenhuma resistência, mercê da carência de arvoredos ou obstáculos que pudessem confrontar a sua força, esvaiu-se em si mesma sem ter como demonstrar os seus méritos, potencial e benfeitorias, justamente, pela falta do discernimento habitual e do contencioso.

Não tendo como assimilar o novo ideal democrático, nem entender suas idéias no sentindo de nelas se imiscuir cultivando suas vantagens em proveito de todos, os homens menos preparados didaticamente ou possuindo a inteligência um pouco tacanha em relação a minoria dirigente, se perderam na miscelânea de normas, doutrinas, decretos, leis e tantas outras formas de vivência que os elevassem acima do lugar onde sempre proliferaram; ficaram, dessa forma, vendo ” a comitiva passar sem dela tomar parte efetiva, apenas acompanhando a procissão sem saber qual santo era cultuado “

Quando iniciou a forma eletiva de galgar postos na república, esses menos desavisados, despercebidos da importância do fato e, desapercebidos de um saber que os colocassem par e passo na disputa, optaram por, simplesmente, praticarem o dever cívico de votar sem nem ao menos procurar saber em quem votavam e elegiam para ter as idéias em seu lugar.

Votavam apenas para atender determinações e evitar sanções, tinham como felicidade, que o seu escolhido fosse o ganhador achando que, com isso, também ganhariam a eleição, ledo engano! Na maioria quase esmagadora dos casos, o eleito se desfaz da parceria passando a ser representante de si próprio até contra quem o elegeu para representá-lo.

Portanto, “ter vencido a eleição” quando um seu candidato é eleito para um cargo de governante, é um grande erro, porque, com raríssimas exceções, o eleito passa a governar no interesse próprio ou de um grupo que o amealhou (ou por ele foi escolhido) em detrimento da imensidão dos demais governados, dentre eles... Os seus eleitores!

Mesmo assim, em todos os casos até aqui referidos, a idéia está sempre presente, a diferença é a meta por ela almejada ou alcançada que varia na proporção de seus iguais em pensamentos e ações, podendo ser dadivosa ou, terrivelmente onerosa. É doadora, quando surte efeito para o social e o bem comum, todavia, é cara, quando deglute o orçamento e desvia os fundos públicos em direção de um pequeno grupo de privilegiados e, ao mesmo tempo, emissor da idéia juncionada no interesse próprio.

Próximo do homem que prefere escamotear suas idéias passando a ser simplesmente um seguidor silencioso dos outros, está o homem que tem suas idéias, mas não tem um canal para distribuí-las a espera da união com outras idênticas ou, pelo menos, parecidas. Com a finalidade da lapidação esmerilante que cause um forçamento tributário à procura do grande “rio das soluções” a caminho da foz no “mar da tranqüilidade” e da paz.

Esse homem esteve presente quando da invasão Portuguesa, Holandesa, Francesa, na segunda guerra mundial, libertação dos escravos, proclamação da república, etc. etc., contudo, sem a canalização necessária, deles só conhecemos os mártires, em virtude do fato dos que lhe poderiam alimentar as idéias ficarem pelas margens. Resultando, assim, na falta da conexão e volume para alcançarem, juntos, o caminho para a jusante visando chegar ao “mar da tranqüilidade”.

Até agora, tenho falado muito, o que não é nenhum mérito uma vez, que, falar, também os boçais e até os animais o fazem, passarei, então, a dizer procurando lançar minhas idéias à procura de parceiros com a finalidade do bem de todos; como não tenho um canal aberto, ao em vez de apenas dizer, prefiro lançar idéias e interrogações do que, até agora, parece-me completamente errôneo prejudicando a todos, senão, vejamos:

Por qual razão temos que pagar para ter o auxílio à lista, números de telefones, informações e outras taxas etc. se, em seguida, ao darmos o telefonema, ele nos será cobrado?

Qual a razão dos açougues dividirem a carne em variadíssimos tipos e preços, tais como: filé, picanha, alcatra, primeira, segunda, terceira, pelanca, contrapeso etc.? Não seria mais óbvio haver apenas uma carne de primeira e uma de segunda? A primeira, para os verdadeiramente ricos e, a segunda, para os pobres, com isso, estaria unindo mais os menos pobres aos pobres, em contrapartida, como vem sendo feito, estamos discriminando mais ainda os miseráveis!

Por que temos que pagar a água que sai dos esgotos de nossa moradia se já pagamos, mensalmente, por ela quando a recebemos?

Qual a razão da CEMIG ou outra qualquer central enérgica, nos cobrar juros por quaisquer átimos de atraso nas contas mensais não nos retornando, na conta seguinte, os “apagões” e “blecautes” que, às vezes, nos dão grandes prejuízos?

Para acabarem com as multas de trânsito por estacionamento proibido por qual razão as prefeituras não fazem abrigos ou estacionamentos em vários pontos da cidade, cobrando uma taxa menor do que as multas lavradas?

Sem querer diminuir o ganho dos advogados, porque não se modifica as leis permitindo que cada acusado faça, caso queira, a sua própria defesa em todas as instâncias? Isso, valendo apenas para a sua absolvição. Caso venha a ser condenado, tendo direito a um advogado nomeado ou, por ele pago, ficando sem nenhum efeito a condenação imediatamente anterior. Tal procedimento diminuiria os prazos do processo, em razão do acusado, sendo inocente, conseguir sua absolvição pelo simples fato de ter que se defender usando a verdade dos eventos recentes, em harmonia com as provas contra ele coletadas no processo.

Porque não colocar agências bancárias e de outras organizações arrecadadoras, inclusive, receita federal, em todos os bairros onde haja policiamento? Isso evitaria que o usuário do serviço tenha que pagar ônibus e deslocar-se até ao centro comercial, onde encontrará filas para a quitação do débito, quando, na verdade, ao ser credor, ele tem que sair a procura do devedor.

Por qual razão não se institui um fundo para construir casas populares cobrando uma pequena taxa dos locatários de imóveis alugados e futuros adquirentes dos imóveis? Quem tem casa para alugar pode muito bem ajudar a construir casas para quem não tem onde morar, principalmente, levando-se em conta de que, todos, locatários e locadores, nasceram nus e nada tinham a não ser a vida lhes dada pelo Criador, que é pai de todos!

Devem-se estudar mais facilidades para os aposentados, evitando-lhes: filas, deslocamentos excessivos, pagamento de qualquer coletivo, precedências de passagens, lugares, etc.. Afinal eles ajudaram a construir o Brasil como está agora e caminhando para o futuro, iniciando a labuta numa época de ditaduras e de grandes dificuldades, quando tinham que escrever com canetas de tinteiros. Deslocar-se em lombo de animais, trabalharem aos sábados, bem como, sem a cibernética eletrônica atual e computadores que só faltam transformar o operário em um “robô“ de tanto ficarem sentados e pensando pouco;

Por qual razão o nosso ar é tão poluído? Será falta de fiscalização ou falta de respeito aos demais? Acredito que as duas coisas acontecem, não há fiscalizações do ar nas cidades onde têm fábricas, principalmente onde resido que, pelo menos, duas vezes por semana, de madrugada, vejo o céu ficar, de repente, de estrelado a todo vermelho, ao ponto de sentir pingos minúsculos na pele, mesmo não estando serenando. Isso, alem de falta de fiscalização, é também falta de respeito por parte dos emissores do descarrego dos gases, pior! Descaso com seus próprios empregados que moram nas circunvizinhanças.

Por qual razão proibir um cidadão com moral ilibada de possuir uma arma de fogo em casa para sua estrita defesa, desde que prove saber usá-la corretamente e não colocar em risco a vida de nenhum inocente ? Há anos que os bandidos possuem armas dos mais variados calibres e, até hoje, o congresso nacional, a polícia, as nossas leis vigentes nem a justiça conseguiram desarmá-los! Proibir o cidadão respeitador das leis de querer ter sua defesa é, pelo menos, discriminatório! Levando-se em conta que os marginais não são contidos pelas leis ou pelo Estado.

Alegam, que o custo de vida e a cesta básica dos consumidores “está pela hora da morte” com tudo subindo inflacionariamente, só para o governo tudo está as mil maravilhas!. Por qual motivo as prefeituras, ou o governo estadual ou federal, ao em vez de distribuir cestas básicas que, de básico não tem nada (em alguns lugares só dão o feijão), não dá condições ao município de montar um armazém central ou cooperativo em cada cidade, com agências filiais nos bairros. Onde só cobrariam dos clientes os custos enxugados dos objetos a serem comercializados, bem como, despesas com o prédio, eletricidade, impostos e empregados? Garanto que, em menos de sessenta dias, os preços dos supermercados cairiam em mais de 40%, tendo os seus donos que diminuírem os lucros exorbitantes que acumulam a cada venda que efetuam.

Por qual razão, em cada cidade, não é colocada uma loja do tamanho necessário para exposição e venda de produtos artesanais e de artistas plásticos da região à disposição de quem quiser vender o seu produto por ele manuseado e, às vezes, melhor do que os que ficam estampados nas lojas ?

Qual a razão dos governantes não assumirem a direção de asilos e abrigos para os velhos e deficientes, cobrando uma pequena taxa de suas famílias ou do próprio asilado ou albergado que puder pagar para ter as benesses e o convívio com outros iguais a ele?

Qual o motivo de Bancos irem a falência ou mesmo “quebrarem”? Se cobram juros e operações financeiras de todos, além de outros juros, até pelo uso de seus talões de cheques, quando fazem empréstimos não são comedidos na cobrança de altos juros além de exigirem avalistas que possam quitar o débito de quem toma o dinheiro deles. É difícil de acreditar e inverossímil!

Por que cobrar impostos de pequenos bares de apenas uma a duas portas, bem como, outros estabelecimentos comerciais análogos, quando, na verdade, ao venderem, embora parcamente, estão pagando impostos e evitando um maior desemprego além da rotatividade do dinheiro miúdo?

Por qual razão temos que pagar por uma certidão negativa? Seja cartorial, policial ou judicial, consignando-se que ela é “negativa!”

Se os bancos afirmam que o cheque é pagamento a vista e que a promissória é de pagamento a prazo, porque as agências bancárias não assumem os cheques sem fundos quitando-os para o portador? E, depois, a mesma agência, se incumbiria de cobrar do emitente, seja diretamente ou via judicial, afinal, o talonário é do banco e faz propaganda gratuita para a agência. Aposto que, se isso fosse possível, muitos correntistas não conseguiriam tão facilmente um talão de cheques!

Por qual razão se exige cintos de segurança em automóveis com os coletivos, em sua maioria, não os tendo obrigatoriamente? Será que só acontecem acidentes automobilísticos com automóveis? Não é o que o noticiário divulga! Ou, será a força das empresas apertando para baixo?

Por qual razão há uma média de alunos que deverão ser aprovados nos colégios? Isso é premiar a incapacidade! A meu ver, quem não obteve notas durante todo um ano teria que ser reprovado de imediato! Esses aprovados incorretamente acabarão sendo engenheiros, que terão obras desmoronando, ou, pior, sendo médicos, acabarão por matar quem os procure para a cura, justamente pela falta da base colegial!

Por que cada prefeitura não promove a detetização e desratização em todo o município, residência por residência, evitando, dessa forma, inúmeras doenças que acabariam por azafamar a própria secretaria de saúde municipal e os cofres públicos? Isso, em razão de haver, em muitos lugares, esgotos a céu aberto por deficiência da própria prefeitura ou da “Copasa”.

Por qual razão o governo, federal e estadual, bem como municipal, se for o caso, não assimilam os ”Despachantes” em sua totalidade, só recolhendo através de guias de recolhimento bancário, o que acabaria com muitas “maracutais” e acertos escusos, podendo ser dada oportunidade aos atuais proprietários de ficarem numa espécie de “assemelhados” ao Estado ou união, com os novos escritórios prestando o devido concurso público, isso acarretaria em mais dinheiro para os cofres públicos e menos desonestidade afins.

Não entendo a razão dos traficantes terem tanta força em nosso país fazendo desmandos todos os dias, desafiando a própria justiça e polícia, isso ocorria, antigamente, com os “bicheiros”! Bastou a loteria esportiva e similar para acabar com eles: jogo do bicho já virou passado!

A solução seria fazer o mesmo com as drogas, quaisquer que sejam elas, são só colocá-las á venda aberta em comércio especializado, proibindo o consumo só para doentes mentais e menores, o resto, ficaria por conta dos dias a seguir, garanto que a maioria dos viciados se desligariam, de imediato, dos traficantes indo comprar nos locais legalizados. Secada a fonte de renda absurda, os traficantes iriam procurar outros afazeres, um deles, talvez, seria matar-me por ter dado esse palpite, mas, se for para acabar com as vítimas que eles sacrificam diariamente, me consideraria realizado mesmo sendo um mártir!

Não consigo entender a razão pelas quais as agências de emprego, diariamente, oferecem emprego dando, a maioria das vezes, apenas a oportunidade de uma vaga para cada categoria, com isso, está fazendo os pobres mais paupérrimos ainda. Já pensou numa capital uns cem desempregados correndo a agência, antes pagando coletivos, vestindo uma roupa melhor, etc. a procura de uma só vaga? Isso é covardia e propaganda barata, se há só uma vaga, telefone, ou mande chamar apenas um dos inscritos, não venha colocar na televisão somente para fazer propaganda em detrimento de centenas que irão procurá-los em vão.

É um absurdo você estar viajando de ônibus e, chegando numa rodoviária, ter que pagar apenas para urinar; paguei, recentemente, quase o preço de um refrigerante na rodoviária de Belo-Horizonte, isso, deveria ser efetuado pela empresa que me levou até ali sem ter miquitório no coletivo!

Ultimamente, é incentivado ao público utilizar os telefones 0800 para denúncias, o que acho muito válido, entretanto, por qual motivo, não se acresce a esse esquema, ampla e irrestrita liberdade do público em geral dirigir-se, pessoalmente, aos magistrados, governantes ou autoridades de diversas seções? Tente uma pessoa comum falar com um juiz e governante fora da época de eleição, que encontrará uma imensa barreira de assessores desinteressados no problema apresentado!

Por qual razão é dado o “direito” aos marginais de não serem fotografados quando pegos na prática de crime? Todos nós sabemos das dificuldades que a lei coloca para a prisão dos criminosos, não fotografá-lo é dar-lhe oportunidade de, pouco tempo depois, continuar praticando crimes com suas vítimas alheias à sua pessoa, as vezes, por não tê-la vista “escrachada” numa foto de outro crime praticado por ela!

Qual a razão de continuarem vendendo bebidas em frascos plásticos que duram até 500 anos para ser consumida pela natureza, a solução, seria trocar tais receptáculos por um que sirva de esterco, ajudando, assim, a própria natureza a assimilá-lo.

Retornando ao exemplo das variedades de qualidades e preços das carnes dos açougues, porque não fazermos o mesmos no tocante ao oferecimento de gastos funerários, que chegam a preços exorbitantes apenas para levarem a carne humana já sem o espírito (alma) para uma cova de terra ou cremação, quando, em ambos os casos, há a consumação total da matéria destruída pelos vermes da terra ou pelas chamas ? Bastaria haver um esquife de primeira e outro de segunda qualidade; dividi-los em várias categorias é também discriminar o “de-cujus” em várias castas miseráveis quando, na verdade, com a morte, eles estão no mesmo plano, o sepultamento de primeira ficaria só para os que são ricos satisfazerem o seu “ego” e dar uma “satisfação a seus pares”!

Por qual razão ouvimos, muitas vezes, a informação das facilidades do imposto único, porém, sem nunca haver a junção das idéias visando sua concretização? É um absurdo o efeito cascata dos impostos, que o tornam muitas vezes pior do que os “juros sobre juros” tão decantados negativamente por todos os usuários de bancos, agiotas etc., isso, em razão de atingir a todos taxando, inúmeras vezes, até produtos de primeira necessidade, dessa forma atingindo pobres e ricos.

Não entendo porque um paciente que procure um médico tenha que pagar laboratórios de análises clínicas, quaisquer que sejam eles, em razão do médico cobrar pela consulta ou, ser pago por algum plano de saúde. Se pagarmos a um médico para ele diagnosticar nossas enfermidades é justo imaginarmos que o facultativo esteja de posse de todos os conhecimentos sobre as diversas doenças e, caso tenha dúvida, que ele próprio pague ao laboratório de análises para receber a informação do mal que possui o paciente que já lhe pagou pela consulta ! Aposto, sem poder provar, que muitos exames de laboratórios são exigidos sem a necessidade dos mesmos, senão, vejamos: Por que motivo, antigamente, os médicos examinavam, detalhadamente, o paciente, olhando-lhe a língua, barriga, auscultando pelo estetoscópio, etc. será que tais exames se igualariam ao de laboratório? Claro que não!, Entretanto, a partir deles, saía uma internação ou uma receita médica; será que na atualidade o médico prefere as comodidades de aparelhos evitando o exame físico? Tenho minhas dúvidas!

A maioria das vezes que pagamos um ônibus que trafega pela cidade, o fazemos para efetuar compras, pagar bancos, e muitos outros afazeres comerciais, por qual razão não se estudou ainda uma forma das empresas e repartições públicas e privadas pagarem os coletivos para seus próprios clientes, ao invés de onerá-los mais ainda, já basta a obrigação de ter que enfrentar filas para efetuar pagamentos quando, quem nos deve, sempre são procurados por nós e não o inverso, esse pagamento do coletivo seria irrisório dado ao número sempre crescente do comércio e das repartições e firmas diversas, em contra partida, o pagamento de apenas duas passagens diárias aos ônibus, nos tira, pelo menos, o pão e o leite diário e premente.

É difícil entender por qual razão as faculdades exigem um exame vestibular para alunos freqüentarem-na, primeiro, em razão do mesmo aluno ter completado o curso, imediatamente anterior, deixando-o para trás, o que já o colocaria diretamente no vestíbulo da universidade, pelas razões óbvias, segundo, a universidade vai ministrar exatamente a partir do grau ultrapassado pelo aluno e não do vestibular irregularmente lhe exigido, ora! isso seria o mesmo que exigir que o cabo para ser sargento ter que ser mais cabo e, um pouco menos sargento ou, o promotor para ser juiz, ser mais promotor e menos magistrado! Não vale a desculpa esfarrapada de que não haveria fundos para a construção de universidades, bastaria admitir todos os que completassem o grau imediatamente inferior. Os colocando sentados até em degraus e pisos e, tão logo iniciasse o ano letivo, transcorresse uma triagem honesta que, na certa, eliminaria os incapazes e menos preparados para o curso superior. Assim sendo feito, haveria até uma melhor escolha com os verdadeiramente capazes num universo muito maior, destacando-se dos demais e continuando o curso almejado em igualdade de condições com seus pares. Até financeiramente seria bom por causa das taxas que seriam cobradas de todos os candidatos.

O vale refeição deveria ser extinto e, em seu lugar, a prefeitura colocaria uma cantina nos locais apropriados, depois de feitos estudos, onde todos os trabalhadores se alimentassem gratuitamente bastando apresentar um documento da firma empregadora, recebendo, o município, o valor integral do vale refeição, podendo, ainda, estabelecer contratos com lanchonetes e similares para tal mister. O excedente poderia ser distribuído aos desempregados pobres que, também, comeriam gratuitamente, dependendo de um comprovante fornecido pela prefeitura, tal solução, acabaria com o comércio ilegal de venda dos vales refeições, que beneficia muito mais o comprador do que o vendedor (empregado).

Não entendo por qual razão, ano após ano, os proprietários de veículos automotivos têm a difícil tarefa de procurarem os órgãos de trânsito, despachantes e agências bancárias para pagarem a Taxa Rodoviária Únicas (IPVA). Isso, seria sanado com uma simples cobrança na bomba de gasolina em cada litro de gasolina, álcool ou óleo diesel adquirido, assim, os cofres públicos só teriam mais lucros em razão de todos os veículos em circulação pagarem o imposto, gota a gota, do combustível colocado em seus automotores, ninguém tem condição artesanal de fabricar, comercialmente, os combustíveis; com isso, acabaria a “gastança” em papéis, deslocamento de carros, acúmulo de trabalhos nas delegacias, despachantes etc.

É difícil entenderes por qual razão inúmeros caminhões e até carretas têm que trafegar por avenidas e ruas de muito trânsito de automóveis e coletivos, tendo como justificativa o descarregamento de cargas para o comércio citadino, não seria mais fácil e até menos perigoso além de maior fluência do trânsito, que as firmas tivesse um depósito em locais fora do grande movimento de automotores e pessoas, onde os caminhões e carretas fizessem a descarga, com a firma, paulatinamente, apanhando a carga para suas lojas ? Será que os interesses particulares de tais comerciantes é mais importante do que evitarmos congestionamentos, acidentes com danos materiais e pessoais, multas de trânsito, tudo isso, em desfavor de seus próprios clientes ?

Não entendo por qual razão as delegacias de polícia são obrigadas, a receberem menores em situações irregulares e débeis mentais, não podendo atuar ou autuar referidos cidadãos por se tratar de menor e doente mental, cujas atribuições cabem ao juizado de menores e secretaria da saúde. Ficando a delegacia apenas como um mero intermediário, porém, cada vez mais assoberbada em prejuízo do seu mister maior que é contenção dos delinqüentes adultos, elaboração de inquéritos e segurança pública. Não seria mais condizente o encaminhamento dos referidos (menores e doentes mentais) diretamente a quem possa dar solução ou mesmo iniciá-la como manda a própria lei?

Sabemos que a terra atrai os corpos pela força da gravidade, até aí isso costuma ser bom no tocante a chuvas, ventos etc., no entanto, quando vêm sobre as nossas cabeças e propriedades os famigerados fogos de artifícios e balões, às vezes incandescentes e cheios de labaredas é... Lamentável! O espaço aéreo pode estar liberado para todos dentro de determinadas normas, mas, o espaço no solo tem dono. Não é justo que um cidadão, (até menores), desavisado ou desinteressado, solte seus foguetes em direção do espaço perto dele sem atentar para o detalhe que os restos não irão cair sobre ele e, sim, após uma parábola, em local não lhe pertencente causando prejuízos materiais e até corporais. Que os governantes tomem as providências necessárias para o controle desse mal, não esperando que aconteça com eles para agirem, basta que eles lembrem que o cargo que ocupam foi para nos representar em tudo e num todo.

É uma vergonha a somatória de casas lotéricas medrando até em lugares que nem uma farmácia tem isso, é exploração contra o pobre desajustado e desesperado que joga suas misérias em detrimento, as vezes, de sua própria subsistência, incentivado pela propaganda lançada a eles, diuturnamente, por todos os meios de comunicações. Nunca efetuam demonstrações de quem não ganha, apenas, mostram os ganhadores! As acumulações de prêmios é outra vergonha, não deveria havê-las, que ganhasse o que chegar mais perto do número sorteado, mas, havendo a acumulação, há a maior propaganda e mais clientes vão jogar seu dinheiro fora. Em meados desse século que se esvai, um “bicheiro” era execrado e tinha que pagar subornos para continuar o seu irregular comércio, hoje, quase não se vê mais falar em jogo do bicho, ele mudou de nome, de roupagem e, de patrão; do novo patrão ninguém fala, porque ele é poderosíssimo muito embora seja um representante nosso. Loteria não salva ninguém das aperturas financeiras, provando o contrário: tente brincar com alguém jogando o conhecido “cara ou coroa” onde só há duas opções, dificilmente, um derrotará totalmente o outro, ressalvando-se algum azarado ou sortudo, ao passo que, na loteria, as opções são vastíssimas, mesmo para quem jogue muito dinheiro.

Há anos atrás, ouvi uma notícia de que um oficial superior de uma das forças armadas, após um inquérito interno, fora punido por ter sido encontrado em sua residência um ventilador de sua unidade. Para mim, ele deveria ter sido elogiado, em razão de ter a posse de tantos valores e apenas ter ficado com um mero ventilador, a notícia me pareceu uma perseguição covarde. Também tenho ouvido que, pela constituição, o cidadão tem direito a saúde, entretanto, por qual razão se vê tantos planos de saúde, alguns caríssimos, outros, com várias exigências de idade, tipo de doença etc. como se tais planos fossem o cliente e não o fornecedor e nós não tivéssemos o direito aludido. Sem querer por um ventilador nessa “istória”, peço que me esclareça o fato de ter direito e ter de pagar! Se pago, não é direito ser atendido e, sim, obrigação, se não pago, acabo contaminando outros com minha doença desamparada e apenas coberta pelo papel da lei. Porque, o governo, ao em vez de só querer varrer seus imóveis e até direitos com a desculpa de limpeza da máquina administrativa, não utiliza a mesma vassoura para escamotear de debaixo dos seus capachos e rodapés suas obrigações, uma delas, se apropriando do dever de ser o maestro dos planos de saúde? Com cada cidadão pagando a ele e não a terceiros que, às vezes, são mais exploradores do doente do que a própria doença. (mais renda para os cofres públicos e mais emprego em oferta).

Segurança pública é um dever do Estado e não de firmas, muitas delas despreparadas para a atribuição específica. Se existe tantos departamentos, secretarias, assessoria etc. nos órgãos públicos, qual a razão de um deles não poder administrar as firmas de segurança visando o bem estar dos vigias e dos vigiados, mesmo sendo eles marginais. Para tanto, usando, se for o caso, aposentados ou reformados com experiência comprovada no serviço de segurança, além de uma fiscalização e auditoria constante para se chegar quase a perfeição do atendimento ao público que está carente de segurança.

Sempre tenho ouvido falar que “é preciso retirar as crianças das ruas”, quando assim falam, só pensam nos “pivetes” e menores infratores, esquecendo-se que, também, existem crianças de boa formação inicial e “bom berço” praticando atos irresponsáveis só, que, estes, têm o aval dos pais e o receio de sua apreensão resultar em represálias.

Tirar as crianças das ruas é mais difícil do que desocupá-las dos marginais, em razão da criança ser mais renitente do que o adulto, ter mais “idéias” embaralhadas e não catalogadas, além de, pelo tamanho e fisionomia, passarem despercebidas na multidão, principalmente pelos ares inocentes da juventude.

Um marginal, quando vai para as ruas, tem um quinteto de idéias primordiais: dinheiro (assaltos, seqüestro, roubos furtos etc.); drogas de diversos tipos, vendendo-as ou comprando e até tomando; mulheres (sedução, estupro, relacionamentos etc.); violência de todos os tipos, inclusive, as desnecessárias e, farras que chegam a orgias e bacanais.

Uma criança, dificilmente teria os mesmos objetivos, se querem dinheiro não se importam com as quantias módicas e até pedidas em esmolas, algumas até usam drogas as conseguindo com dificuldade, raramente pensam em mulheres como praticantes de sexo, suas violências, com algumas exceções, são mais brandas e as farras são limitadas, porém... Suas idéias são difíceis de serem catalogadas ou carreadas para o bem comum da sociedade, por que é uma verdadeira miscelânea de imagens e desejos juvenis acrescidos do que vêem com fartura e não tem nada de seu para usufruir o almejado, não tendo normas nem força física, se imiscuem no meio do povo fugindo, ao primeiro sinal de perigo, ainda não entendem que também há adultos em situação financeira aflitiva, vendo isso em suas próprias casa aonde vão de vez em quando e, não entendendo, utilizam a própria rua para sentirem-se iguais aos mais afortunados que não os receberiam em suas casas, todavia... A rua é de todos! e eles se consideram os locatários dos passantes.

Para conseguirmos retirar as crianças vadias das ruas não deverão ser utilizadas nunca as policiais ou mesmo juizado de menores. O que é preciso é que nossos representantes, colocados no apogeu por nós, desçam do fulcro de observação sem efetuarem parábolas, indo, diretamente, até a criança vadia e irresponsável, através do oferecimento a elas do esporte, lazer, trabalho construtivo e escolas de diversos tipos de ensinamentos; para tanto, elaborando normas estatutárias regulamentares, tendo por parceria pequenas porcentagens de loterias, bancos, lojas, fábricas, firmas e até de voluntários. Primeiro seria difundida pelas ruas uma cartilha modesta, até em cópia xérox, esclarecendo aos menores as vantagens lhes oferecidas e o futuro que elas poderiam alcançar saindo da vadiagem. Isso, iria dar uma direção às idéias complexas dos menores por falta de um ponto de paralaxe que convergisse seus pensamentos amontoados para um ângulo novo em junção com as linhas da esperança e do aprendizado ordeiro; segundo, construindo praças modestas de esportes populares pelo centro e bairros das cidades, e escolas humildes, diferentes um pouco das tradicionais, podendo ser utilizadas, caso haja ofertas, até residências de voluntários ou pessoas empenhadas na ajuda aos menores.

Tais providências ajudariam na reabilitação dos menores e, por via de conseqüência, defenderiam a todos nós, eventuais vítimas dessas mesmas crianças em um futuro não muito longínquo. A continuar como estão às crianças abandonadas só terão por ”horizonte” a prática de crimes hediondos e, por universidade, as penitenciárias que também costumam funcionar como aprimoramento do mal ou faculdade do crime.

Nenhum munícipe tem condições de ter a própria eletricidade, estando, na maioria esmagadora, pendentes do pagamento dela. Por qual razão impostos como o IPTU não são divididos, mensalmente, num total de l2 prestações em cada ano? Tal parcelamento beneficiaria o usuário e a própria prefeitura, evitando, dessa forma, ter o pagamento do imposto no final do ano em quantia acumulada. O desconto transcorreria na conta da energia elétrica, praticamente acabando com os sonegadores .

Finalizando, devo dizer o que a maturidade me ensinou através do aprendizado pelos meandros da vida:

Numa nação ( ou país ) só poderá existir ordem, tão decantada em nossa bandeira, quando cada autoridade constituída se encerrar nos limites que a lei prescreve sem omitir suas obrigações ! Trace as idéias com carinho pondo firmeza nos traços, que a retidão dos caminhos dará segurança a seus passos. Se o desespero lhe atordoa, confie à idéia o seu grito, que a idéia em silêncio voa, e vai gritar no infinito!

Coronel Fabriciano, novembro de 2 000.

(aa.)Sebastião Antônio BARACHO

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Sebastião Antônio Baracho Baracho
Enviado por Sebastião Antônio Baracho Baracho em 02/04/2007
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