1943-(N)-TROVAS DE SÍLVIA ARAÚJO MOTTA:UBT/BH/MG/BRASIL, PUBLICADAS (Nº 501 a 540) - (Parte 32-N) Entrevistada: Sílvia Araújo Motta

1943-(N)-TROVAS DE SÍLVIA ARAÚJO MOTTA:UBT/BH/MG/BRASIL, PUBLICADAS (Nº 501 a 540) - (Parte 32-N) Entrevistada: Sílvia Araújo Motta

Trova Nº 501:

Hoje abraço o Trovador

que em Poesia faz a prova,

na UBT, por seu valor,

tem nota mil, cada TROVA.

Trova Nº 502:

As CARTAS têm fragmentos

de belos tempos passados,

contêm puros sentimentos

que no peito estão guardados.

(I Concurso Internacional de Trovas Jornal “Enfim” Portugal/Brasil/31/07/1997.

Trova Nº 503:

Por que jogaste no CHÃO

minhas colchas de cetim?

-Sinto frio em meu colchão

sem elas perto de mim.

Trova Nº 504:

Meu caro amigo, perdoa

à poeta aposentada:

-É que agora, vivo à toa

e sem tempo para nada.

Trova Nº 505:

A inteligente mulher

trabalha pelos seu sonhos

para alcançar o que quer

suporta dias tristonhos.

Trova Nº 506:

Sem beijos e sem prazer

qualquer amor agoniza

carrega a cruz do sofrer

na solidão, cruz divisa.

Trova Nº 507:

A tristeza do poente

mostra a incerteza da vida,

problema tão diferente

deixa a paz adormecida.

Trova Nº 508:

A jarra do nosso amor

não será recuperada...

quebrada, não contém flor,

só tem espinho, mais nada.

Trova Nº 509:

Quando seu ciúme abriu,

nossa gaiola dourada,

a confiança fugiu

pela porta escancarada.

Trova Nº 510:

Saudades dele? Talvez!

Apesar da dor, rancor,

começaria outra vez

nosso romance de amor

Trova Nº 511:

Ele se entregou ao vício...

Hoje é escravo, com grilhões...

Já não faz o sacrifício

para aceitar emoções.

Trova Nº 512:

Quando a terra colocaram

naquele caixão florido,

as ilusões enterraram

o melhor tempo vivido.

Trova Nº 513:

A roda da liberdade

nasceu no jardim errado...

Nem mesmo na mocidade

perfumou o triste passado.

Trova Nº 514:

Na solitária, tristonha,

a jovem, que não tem grade...

carrega a esperança e sonha

com o dia da liberdade.

Trova Nº 515:

As nuvens brancas do espaço,

lentamente, em construção

dão receitas, passo a passo,

em paz vão buscar perdão.

Trova Nº 516:

Democracia é utopia!

Quando há fiscalização

desrespeito e agonia

andam juntos, dão-se as mãos.

Trova Nº 517:

Empurre o ideal à frente

e corra atrás da vitória,

o cansaço não desmente

quem o festeja, em memória.

Trova Nº 518:

Não chores pelo sol posto

nem pelo dia que esvai...

Porque a lágrima do rosto

do coração também sai.

Trova Nº 519:

São iguais perante a lei,

na impunidade a caminho:

-Ricos impunes? Pensei,

no crime do colarinho.

Trova Nº 520:

A trova é um tesouro raro

que demonstra teu saber...

É tal qual perfume raro:

-Quatro gotas dão prazer.

Trova Nº 521:

Não trai sua mulher,

diz lema casamenteiro...

A praga quando vier,

virá contra o feiticeiro.

Trova Nº 522:

Não olhe os olhos do louco

se ele estiver no caminho...

pois sua paz, dura pouco,

e traz ressaca de vinho.

Trova Nº 523:

Antigo adágio norteia

-“Este castigo mereço”

Dirigi com a cara cheia,

paguei mico, em alto preço.

Trova Nº 524:

Nesse dito popular:

-“É dando que se recebe”

cabe a fórmula de amar,

fica feliz, nem percebe.

Trova Nº 525:

Na Olimpíada, a beleza

do Esporte espetacular,

vi naquela tocha acesa,

todo o Brasil a vibrar.

Trova Nº 526:

Confiança é espelho certo,

inteiro claro , brilhante,

quando chega o ciúme, incerto,

quebra seu lado cortante.

Trova Nº 527:

Os chifres em olhos alheios,

ciúmes loucos são teus...

já não encontro outros meios,

estão doendo nos meus.

Trova Nº 528:

Toda notícia traz guerra,

violência, contravenção...

Na televisão da terra,

só se vê contradição.

Trova Nº 529:

Na cultura prazenteira

pela Bandeira do Amor

que a Academia Mineira

de Trovas tem seu valor.

Trova Nº 530:

Ao partir, sem piedade

levou a chave da porta;

fiquei presa na saudade...

sua volta é o que me importa.

Trova Nº 531:

Tua ausência me tortura,

no crepúsculo, à tarde,

escrevo a carta segura,

ao correio da saudade.

Trova Nº 532:

Esse triste calendário

não me pede permissão,

para fazer meu calvário

nos dias de solidão.

Trova Nº 533:

Primavera...Sonhos mil

fazem florir os caminhos,

sob o azul do céu de anil

trocamos tantos carinhoso!

Trova Nº 534:

Quando eu me deito de bruços

o corpo todo arrepia...

Suores trazem soluços

ao ler a sua poesia.

Trova Nº 535:

Procura o bem semear

por onde andares, meu filho,

que as estrelas vão chegar

para trazer paz e brilho.

Trova Nº 536:

Felicidade sem preço

de dólar, euros, reais...

a dívida não mereço:

não vi você nunca mais.

Trova Nº 537:

O pai ensina o filhinho:

ver, ouvir e se calar...

porque a mulher do vizinho,

vai com o “outro” viajar.

Trova Nº 538:

Esta frase é relativa:

-“A fé remove montanhas...”

na contagem regressiva

chegam mentiras, façanhas.

Trova Nº 539:

Quando olho o imenso universo

e o equilíbrio, em razão,

é lição que ponho em verso

mensagem da criação.

Trova Nº 540:

Naquele imenso salão,

os pares dançam colados...

olhares de tentação

é que se cruzam, calados.

http://www.recantodasletras.com.br/autores/silviaraujomotta

http://clubedalinguaport.blogspot.com/

http://www.poetasdelmundo.com/verInfo_america.asp?ID=1481

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Silvia Araujo Motta
Enviado por Silvia Araujo Motta em 26/08/2008
Reeditado em 26/08/2008
Código do texto: T1147274
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