LEMBRANÇAS DA ROÇA

(HOMENAGEM AO LAVRADOR)


No entardecer da roça
Vejo cenas comoventes
Quando retornam pras choças,
Os lavradores contentes.
 
Burricos trazem nas cangas
Os produtos da lavoura
Vem aipim, milho, morangas,
Tomate, chuchu cenoura.
 
Com certeza na cozinha
Siá Maria preparou
A receita que a vizinha
Na tarde lhe ensinou.
 
Meninos brincam no chão
Jogos simples de criança
Com pedrinhas e um pião
E sorrisos de esperança.
 
Deus proteja o camponês
Em sua lida diária
Concedendo mês a mês
Sucesso na vida agrária...
 
(Hull de La Fuente)





A interação do querido poeta amigo Aimberê, não poderia faltar. Obrigada meu querido, você é sempre bem-vindo.


"Hoje em dia é diferente
todos tem a bicicleta
que depois do expediente
faz a vida mais completa."
 
"Digo isso, pois patrão,
já faz tempo que eu sou;
antenados no mundão
vida deles já mudou."

(Aimberê Engel Macedo)



Minha doce amiga Celina Também deixou sua colaboração para o homem do campo. Obrigada, amiga.

Feliz o homem do campo
cheio de sabedoria,
tem por luz um pirilampo
vê na lua companhia...

Celina Figueiredo



A mana Milla também chegou e deixou seu lindos versos, enriquecendo a poesia para o homem do campo. Obrigada, minha querida,


O homem do campo é
O futuro do País
Não tem calçado no pé
Não tem riqueza e verniz!

Levanta de madrugada
Despede-se de Maria
Pega a foice e enxada
Trabalha com alegria.

É feliz e não reclama
Do pouco que ele recebe.
Mas ora, e por Deus chama
Que o seu esforço percebe.
 
Milla Pereira


A querida poetisa dos acrósticos Angelica Gouveia deixou a beleza de poema que se segue: Obrigada moça da face de boneca.


C ampo, semente e arado
L avrador arando o chão
A batalhar pelo pão
R ecebe sua esposa na volta
A quele que na lida diária
L uta pela reforma agrária
U ma vez que não de dão escolha
N utre o desejo de opção
A de ter em sua vida a alimentação.
 
COM CARINHO
ANGELICA GOUVEA



Meu compadre Airam, conhecedor das coisas do campo, deixou-me  estes versos:

Nun isqueço da boiada
Lá no fundo do quintá
A tarde as criançada
Ia lá para nóis brincá.

U’a banana era um boi
E mutias era u’a boiada
Eu num sei prondé qui foi
Aqueles dia de invernada.

Dois pau bem na frente
Os xifi tava já colado
O rabo mediatamente
Outro pau tava fincado.

As pata era quatro palito
Para ficá de pé a boiada
Tudo ficava bem bunito
Cum as aligria das mininada.

Um caxo era u’a boiada
U’a sozinha era um boi
Cadê aquelas criançada?
 Eu nun sei prondé qui foi!

O currá nóis fabricava
O cavalo? Todos de pau
Ali a gente aboiava
U’a canção naturau.

Os brinquedo era parido
As criançada matutava
Cum amô era fazido
E só aligria reinava.

Nun tinha bala pirdida
Pra trapaiá nossa aligria
Foi u’a parte duma vida
Quêu era filiz e nun sabia.

Bom dia cumadi!

Airam Ribeiro
Hull de La Fuente
Enviado por Hull de La Fuente em 24/02/2009
Reeditado em 25/02/2009
Código do texto: T1455564
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