SAUDADE I

TROVAS DE SAUDADE

A noite cai devagar

parece brincar comigo

ela quer me ver chorar

com esse lento castigo.

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Quase morro de saudade

do cheiro do meu sertão

hoje vivo na cidade

com estresse e poluição.

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Às vezes fico pensando

no canto que um galo entoa

me vejo quase chorando

saudade desaba à toa.

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A cadeira da vovó

balançando a velha idade

num suspiro de dar dó

geme a dor de uma saudade.

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Saudade é a alma dizendo

pra onde ela quer voltar:

- Aqui estou quase morrendo

não consigo me encontrar.

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Toda saudade é uma dor

que nos ensina a gemer

ela diz que é por amor

que faz a gente sofrer.

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Nas cordas do meu violão

eu arranco com saudade,

lembranças do coração

lá da minha mocidade!

Dáguima Verônica de Oliveira
Enviado por Dáguima Verônica de Oliveira em 19/07/2009
Reeditado em 22/08/2009
Código do texto: T1707461