VIDA...

ESSÊNCIA

Fui buscar no meu reverso

lá nas dobras da “arte-manha”,

estava em forma de verso

no topo de uma montanha.

PAZ

As flores do algodoeiro

lembram um mundo de paz...

utopia de um mineiro

com um coração audaz.

DESPEDIDA...

O chão me foge dos pés

um lenço acena no cais

pula um beijo do convés

vem da boca de meus pais.

Prenda o mal com sua dor,

faça do fraco o seu forte,

transforme um espinho em flor,

plante a vida onde haja morte.

ENTARDECER DA VIDA

Jovem eu via o futuro,

meu lema era “conquistar”,

hoje, nada além do muro,

que está para desabar

LAMENTO

Chegando agora aos oitenta,

meu pai diz: - “eu vivi pouco”!

Vem a saudade e lamenta:

- “Não curti, eu fui um louco”!

FOME DA VIDA

Baixa a noite sem piedade

pintando a vida de escuro

chora a mãe na velha idade

geme a fome de um futuro.

Dáguima Verônica de Oliveira
Enviado por Dáguima Verônica de Oliveira em 22/08/2009
Reeditado em 24/08/2009
Código do texto: T1768658