GLOSA

O POETA

Tomado por ânsia extrema,

o canoeiro atravessa

a ponte do seu dilema;

martírio de uma promessa.

Driblando as forças do vento,

o poeta o peito escalavra,

arranca, nesse tormento,

forças para a sua lavra.

Sabe ele montar esquema:

Prepara a terra do amor

e deita o grão do poema,

colhendo um jardim em flor.

Troca o mar pela poesia,

a nova terra ele lavra

e encerra sua agonia

no fértil chão da palavra.

MOTE:

Antonio Juraci Siqueira/Belém

“Tomado por ânsia extrema,

o poeta o peito escalavra

e deita o grão do poema

no fértil chão da palavra.”

Dáguima Verônica de Oliveira
Enviado por Dáguima Verônica de Oliveira em 06/04/2010
Código do texto: T2180059