LEDA
LEDA
Leda, do corpo macio.
Leda, do andar delicado...
A tela em branco, um vazio,
um filme já terminado.
Nos tempos da juventude,
vibrava a rapaziada.
Você, com sua saúde,
ao sol,na areia, deitada.
À noite, pelas esquinas,
você era o “arroz da festa”.
Dentre todas as meninas,
a mais bonita e modesta.
Passava alegre, faceira,
sacudindo os corações.
-Ela é a musa verdadeira!
(Falava com meus botões).
Hoje eu já com o “pé na cova”,
lembrei-me, não sei por que,
e tento escrever na trova,
tudo o que eu via em você.