PRA FUGIR DA SOLIDÃO


Debaixo de um sol ardente
Solfejando uma canção
Lá vai ela mansamente
Sonhando com os pés no chão.

De repente uma garoa
Acompanhada de vento
Lhe deixa sorrindo a toa
Com seus próprios pensamentos.

Novamente o sol desponta
Mais ardente do que antes
Mas diz que ela não se esconda
Vá passo a passo adiante...

Sem saber mesmo de certo
Aonde o caminho ia dá
Prosseguiu de peito aberto
E esperança no andar;

Quem sabe num dia desses
Por uma dessas andanças
Ela não encontre ar fresco
Nos braços da esperança?

Numa dessas caminhadas
Pra fugir da solidão
Talvez numa dessas estradas
Alguém lhe estenda a mão...

Brasília, 29/05/2010