CANTAROLA

CANTAROLA

A minha missão na terra

é cantar as maravilhas,

as dores que o peito encerra,

as flores das minhas trilhas.

Cantar a força que o mar

exerce sobre o rochedo.

É ter saudade e cantar,

de um grande amor, o segredo.

Ser poeta, eis a missão

que me deu o Criador

ao plantar meu coração

na rota de um grande amor.

Vim pra cantar a beleza

que foi criada por Deus,

a sublime natureza,

amores e sonhos meus.

Ó terra, jardim florido,

tudo o que eu sei é cantar!

no meu cantinho, esquecido,

tudo o que eu posso é sonhar.

Sonho que subo à colina,

somente pra namorar,

aquele amor de menina

à meiga luz do luar.

E, quando eu falo da lua,

a minh’alma se renova,

meu pensamento flutua

nas linhas da minha trova.

Nasci poeta? Não sei.

Ou foi o amor a razão.

Só sei que quando eu cheguei

trouxe um grande coração.

Enchi de amor o meu peito,

fui irmão e fui amigo,

fui paz, carinho e respeito,

fui consolo e fui abrigo.

Mas, também, já fui perverso,

já fiz o que não devia,

já iludi com meu verso,

conquistei com poesia.

Agora eu desço a ladeira

da história da minha vida,

mas não trago a companheira

que eu deixei lá na subida.

Gilson Faustino Maia
Enviado por Gilson Faustino Maia em 22/06/2010
Código do texto: T2335623
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.