NO MEU VELEIRO DO AMOR

Vivo a vida, sopra o vento

num mar de grande furor.

Não desejo sofrimento

no meu veleiro do amor.

Se bem longe no horizonte

vejo um sol madrugador,

ergo as mãos e curvo a fronte

no meu veleiro do amor.

Como estás, linda menina?

Já não sinto o teu frescor...

A solidão me alucina

no meu veleiro do amor.

Vem sonhar, sentir a brisa

no teu rosto sedutor.

Minh’alma de ti precisa

no meu veleiro do amor.

Seguirei por este mundo,

com um ar superior,

se te abraçar um segundo

no meu veleiro do amor.

Que poderei desejar

sob um sol abrasador?

O brilho do teu olhar

no meu veleiro do amor.

A proa corta a marola

num embalo encantador.

Dá-me um beijo por esmola

no meu veleiro do amor.

Quem me dera, eu marinheiro,

um humilde pescador,

ver o teu corpo trigueiro

no meu veleiro do amor.

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Vejam só: foi um imenso prazer encontrar o meu amigo Miguel Jacó singrando os mares em seu Veleiro do Amor.

Cadáver já tem mal cheiro,

Moça virgem tem odor.

Quero beijar-te primeiro,

No meu veleiro do amor.

MIGUEL JACÓ

Muito obrigado, parceiro, pela excelente interação.