ENQUANTO EU PUDER TROVAR
ENQUANTO EU PUDER TROVAR
Tudo a vida lhe cancela,
não há santo que o proteja.
Só se senta ao lado dela
quando a encontra numa igreja.
Meu amor está dormindo?
Onde andará, meu Senhor?
Vive a saudade sorrindo
do meu mal, da minha dor.
Ela diz que muito reza,
mas não posso acreditar.
Se reza, por que despreza
O “santo” que achou no altar?
Nas lutas do dia-a-dia,
vou vencendo os meus leões,
comendo o pão da arrelia,
sofrendo com meus botões.
Enquanto, triste, padeço,
algo vem me acalentar:
terei mais do que mereço,
enquanto eu puder trovar.
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Que brisa quente, menino!
Vou nos meus versos pra lá.
Soprou Fátima Galdino,
a musa do Ceará.
E vejam como ela soprou:
Enquanto trova fizer,
venho aqui me deliciar
nos teus versos benditos,
chego a te abençoar.
FÁTIMA GALDINO
Obrigado, amiga.
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E um amigo de BH ( Sô Lalá), escreveu:
Linda trovas, companheiro,
de um deleite trovador.
Gilson, autêntico brasileiro,
fazendo trovas de amor.
SÔ LALÁ
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Amigo Sô Lalá:
Junto de mãe ou de amigo,
é fácil ser vencedor.
Por isso, às vezes, consigo,
fazer trovinhas de amor.
GILSON FAUSTINO MAIA