CANTANDO
CANTANDO
Chuva fria na calçada,
inverno em meu coração,
distante da minha amada
e do fogo da paixão.
O sonho foi para o espaço,
a mente ficou vazia.
Um gelo corre o espinhaço,
a solidão me atrofia.
Forte sou, sou resistente,
feito para o sofrimento.
Folha jogada à corrente...
Como é lindo o meu tormento!
Deixo o meu rastro na estrada
por onde eu passo cantando.
Já terminando a jornada,
sonho que estou começando.
********************************
Quem canta seus males espanta,
quem chora seu mal aumenta.
Eu canto pra disfarçar
uma dor que me atormenta.
Desconheço o autor
***************
Mas minha amiga Fátima lembrou-me dessa trova.
Ouvi, poeta, o seu cantar.
Corri depressa para ver o que há.
"Quem canta seus males espanta",
ainda encurta a estrada
pra logo poder voltar.
FÁTIMA GALDINO
Obrigado, amiga pelo carinho da interação.