Uma quase trova.

O telefone ela não atendeu

Porque no banheiro

Dele se esqueceu.

Desligou o chuveiro

E o homem amado

Ofendido, morreu.

Na sala esperava

O som do celular

Que não chegava

Estava noutro lugar

Chamada, e mais chamada

Dele recebida e não atendida

Quando viu a tragédia

No coração dela ficou.uma grande ferida.

Sofrer, chorar, chorar,

Como enfrentar a vida e a noite?

As horas a passar

Sua ausência uma espécie de açoite...

Bate o pé, outro não quer

Pois sua companhia

Para o que der e vier

Enche o espaço de alegria

Muita música, abraço, dança...

Pizza de queijo com camarão

Descalços no shopping na lembrança

Perto dele não há solidão.

Não somos perfeitos

Somos dois humanos

Muito gostoso no leito

A volta depois de 17 anos...

Os e-mails não responde

Seu telefone não funciona

Onde é que esse homem se esconde?

Qualquer coisa ela a Interpol e o Silvio Santos aciona.

Ela tinha mesmo aprontado

Na manhã daquele dia

E ele ficou sismado

Que ela a ele não queria...

Muito riso e outro tanto de música

É o que ela mais desejava

A vida na toada lúdica

Com pen-drive e bananada.

Venha pra cá meu irmão,

Vamos deixar de besteira

O mundo já é cão

Não vamos por nele mais asneira.

luciana vettorazzo cappelli
Enviado por luciana vettorazzo cappelli em 02/04/2012
Reeditado em 02/04/2012
Código do texto: T3590413