Fim do mundo

Fim do mundo

Dizem que vai acabar

este mundo, mas não creio.

Minha vez há de chegar,

é uma questão de sorteio.

Pois se eu procuro o João,

vem alguém mais informado,

e diz: -Está no caixão,

porém fique conformado.

Pergunto pelo vizinho,

o meu amigo Tancredo,

alguém me diz com carinho:

-Coitado, subiu mais cedo!

Pergunto pelo Mané

ou procuro o Joaquim,

o padeiro, “seu” José,

o carteiro Serafim.

Partiram pra outra vida,

nem deu tempo de um abraço.

Sem adeus, sem despedida,

todos foram para o espaço.

A Magali, a Jurema,

Cacilda, Maria Inês,

a musa do meu poema...

Quando virá minha vez?

Gilson Faustino Maia

Gilson Faustino Maia
Enviado por Gilson Faustino Maia em 08/12/2012
Código do texto: T4025859
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