Ampulheta

Esther Ribeiro Gomes

Vento sopra na janela,

esvoaçando a cortina,

pôr-do-sol em aquarela,

mar dourado, purpurina!

E na ampulheta do tempo,

grãos de areia a cair,

passa a chuva, passa o vento,

ela impassível, a sorrir...

Conta as horas, devagar,

minutos são mais ligeiros,

e o relógio, sem parar,

da ampulheta é companheiro!

Grãos de areia a passar,

não param nem um momento,

e a ampulheta, a gargalhar,

sabe que é dona do tempo!

O amor passou, foi embora,

impossível segurar...

E o que me restou, agora,

saudade pra acarinhar...

Ah, ampulheta do tempo,

me legaste a solidão,

derramei teus grãos ao vento,

lembranças não levas, não!

Grata pela linda interação, querida Lena!

Sozinha sem meu amor/ Tenho por companhia a saudade/ Que faz meu coração chorar de dor/Hoje caminho buscando a felicidade. Lindas suas trovas, Esther, você é uma poetisa de talento.

Esther Ribeiro Gomes
Enviado por Esther Ribeiro Gomes em 16/02/2013
Reeditado em 19/02/2013
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