EU NASCI POR DESACATO.

Meu viver é pesaroso,

Penso até em maldição,

Cadê o deus poderoso,

Por detrás da criação.

Eu nasci por desacato,

Foi rincha do criador,

A minha razão de fato,

É germinar uma flor.

É na semana de moda,

Que a costura toma rumo,

São Paulo bota no prumo,

E outros tantos enrolam.

Me esqueça é melhor.

O meu ser é glicerina,

Você não é mas menina,

Merece um outro norte.

Se a cama está vazia,

Bote fogo no colchão,

Isto aquece o coração,

E te remete as alegrias.

Tua nuca me convida,

Minhas salivas abundam,

E os desejos fecundam,

O beijo de nossas vidas.

O amor que ferra os dois,

É intenso e vitalício,

O tesão supera o vício,

E nada fica pra depois,

O amor é um candelabro,

Com sete chamas acesas,

Mas precisas ter certeza,

Que teu ser nele deságua.

O meu ser aceita o teu,

Se deita na mesma cama,

Depois a gente decide,

Se nossas almas se amam.

A badalada é vital,

Cada uma tem valia,

A fé é ato sensorial,

Fortalece a eucaristia.