VAIDADE. Trovas.

Vaidade, triste rabicho

De ilusão. Tudo besteira.

Montão podre de capricho.

Muito lixo de primeira.

É excesso de bobagem

A vaidade; só capricho.

Mas pode ser sacanagem

Ou triste montão de lixo.

Sei que entre vício e a vaidade

Não se sabe o mais ruim:

Se um é pura atrocidade.

A outra apressa nosso fim.

Vaidades são loucos jogos...

Tristes sombras teatrais.

São todos séries de engodos;

De fachadas sepulcrais.

Desmantelo foi pro mundo ...

E a vaidade logo atrás.

Desmantelo, um vagabundo;

Vaidade, que satanás!

A vaidade é tão sozinha. ...

Vive só sem companheiro

Vive sempre tão soltinha,

Desgraçando o mundo inteiro.

A vaidade traz consigo

Os vícios de todo mundo.

Nunca conquistará abrigo.

Em seu universo iracundo.

A vaidade abrilhanta.

Tanta gente neste mundo.

Mas sempre será pilantra;

Um triste inferno sem fundo

A vaidade é tão pilantra ...

E bem pior que energúmeno.

E nunca, nunca ela canta

A verdade de seu mundo.

A vaidade é doida sombra.

Nunca teve companheiro.

Mas como praga que assombra

Inferniza o mundo inteiro.

Muito louca é a vaidade

Que nunca guarda um vintém.

Vive só de falsidade

E de mentir muito bem.

Foi tão cruel a vaidade

Que você bem cultivou

Que, como fatalidade,

Seu mundo desmoronou.

A vaidade é um parto

De vício e desperdício.

Um SÍSIFO cansado e farto

Que nos leva ao precipício.

Muito triste é a vaidade

Que nunca guarda um vintém.

Vive a fazer tempestade

E sempre iludindo alguém.

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João Bosco Soares
Enviado por João Bosco Soares em 16/03/2015
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