Texto didático, ilustrativo e pedagógico dando o referencial
dos autores e locais de publicação sobre este tema literário...
Fonte na Internet + Wikipedia, a enciclopédia livre.

Trova

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Trova inicialmente era qualquer poema ou canção,
chamando-se trovador o poeta - ou vate -,
aquele que declamava a trova.

Depois, passou-se a chamar trova a forma fixa que
hoje é empregada, isto é, o poema autônomo
de quatro versos em redondilhas maiores.

 

Estrutura

Trova é um poema monostrófico (contém uma estrofe apenas)
com quatro versos
heptassílabos (redondilha maior), sem título,
que se completa em seus quatro versos.

A trova também se chama quadra ou quadrinha.
Porém esta sinonímia não é perfeita,
uma vez que as regras rígidas da trova não se
fazem necessariamente na quadra. Entre os atuais
cultores desta forma de poesia, é preferível o termo
"trova" como designativo.

Há a necessidade de se diferenciar a trova da quadra
que compõe um poema maior, vez que a trova se completa em si,
sem aceitar mais nenhuma estrofe.

O esquema rímico da trova é de rimas alternadas (ABAB) ou
opostas (mais raras) (ABBA).



A Trova



Izo Goldman

 

Se buscarmos nos dicionários algumas palavras, abaixo
relacionadas, encontraremos, de maneira geral, definições
que já não se coadunam com a realidade atual.

Por exemplo:

Trova

Composição lírica, ligeira e de caráter popular;
canção; cantiga ou quadra popular.

Trovar

Fazer ou cantar trovas; poetar; exprimir em cantigas.

Trovador

Poeta da Língua de oc que cultuava a poesia lírica
nos séculos XI a XIV; diz-se dos poetas portugueses que,
essa época, imitavam a poesia provençal; cantos;
seresteiro.

Troveiro

Poeta da língua de oil que cultivava a poesia lírica medieval, especialmente na França, do século XI ao século XIV.

Aurélio Buarque de Holanda acrescenta:


Trovador

Na Idade Média, poeta ambulante que cantava
seus poemas ao som de instrumentos musicais; menestrel; poeta; vate.

Troveiro

Aquele que faz trovas, ou trova; trovador; trovista.

Com todas estas definições não se chega à nenhuma definição!

Na verdade, o termo TROVA, do francês, "trouber" (achar)
nos indica que os trovadores devem "achar" o motivo de
sua poesia ou de suas canções.

Apenas as citações de "composição ligeira e de caráter popular"
e "cantiga ou quadra popular" podem nos conduzir ao que
é e o que representa, hoje, na literatura portuguesa este gênero,
do qual disse Catulo da Paixão Cearense;

-- "A Trova é a mais popular das formas poéticas!"

Realmente, originária da quadra popular portuguesa,
a TROVA teve no Brasil um desenvolvimento inusitado,
e é hoje praticada por mais de 3000 trovadores em todo o Brasil;
tem uma organização de âmbito nacional,
a UBT - União Brasileira de Trovadores,
com delegacias e/ou seções em quase 200 cidades do Brasil
e com um organograma de presidência nacional, regional e estadual,
cobrindo 16 estados do Brasil e realizando, em média,
cerca de 30 a 40 concursos de trovas e/ou jogos florais por ano,
além de manter um intercâmbio intenso com
os trovadores de Portugal.

A TROVA é, hoje, o único gênero literário
exclusivo da língua portuguesa! Originária
da quadra popular portuguesa, encontrou campo fértil no Brasil,
mas, só depois de 1950 começou a ser
estudada e difundida literariamente.

Nesta época, um poeta do Rio de Janeiro, chamado
Gilson de Castro e que, mais tarde, adotou o
pseudônimo literário de LUIZ OTÁVIO, juntamente
com J.G. de Araújo Jorge, começou a estudar
e propagar a quadra popular brasileira,
junto a um seleto grupo de poetas.

Em 1960, depois de participar de um
Congresso do GBT - Grêmio Brasileiro de Trovadores,
em Salvador, Luiz Otávio implantou uma série de seções
desta entidade no sul do Brasil.

Pelas inúmeras diferenças em forma de poesia,
acabou havendo uma separação e, em 1966 foi fundada
a UBT - União Brasileira de Trovadores; trabalhando
durante todo o ano de 1966, chegou-se a 8 de janeiro de 1967,
quando, já previamente estabelecidas, foram fundadas,
oficialmente as Delegacias e Seções da UBT,
iniciando-se pela do Rio de Janeiro.

O símbolo adotado foi uma ROSA e, o padroeiro,
SÃO FRANCISCO DE ASSIS.

Hoje a UBT realiza e/ou coordena concursos de trovas
anuais em dezenas de cidades, entre elas: Belém, Fortaleza,
Natal, Salvador, Campos, Nova Friburgo, Niterói, Barra do Piraí,
Petrópolis, Cachoeiras do Macacu, Nova Iguaçu, Valença,
Rio de Janeiro, Santos, Pindamonhangaba, Caçapava,
Jambeiro, Itanhaém, Peruíbe, São Bernardo do Campo,
Ribeirão Preto, Campinas, Amparo, Taubaté, São Paulo,
Jacarezinho, Maringá, Londrina, Ponta Grossa, Bandeirantes,
Curitiba, Caxias do Sul, Garibaldi, Porto Alegre, Juiz de Fora,
Rio Novo, Pouso Alegre, Belo Horizonte e muitas outras.

Posteriormente, em reconhecimento pelo seu trabalho
em favor da cultura, a Assembleía Legislativa do Estado de São Paulo,
através de decreto-lei, oficializou 18 de julho,
dia do nascimento de Luiz Otávio, como DIA DO TROVADOR.

Também a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos
efetivou a data com a emissão de um carimbo comemorativo oficial.

Gêneros da Trova

Os gêneros básicos da trova são três:

A- Trovas Líricas: Falando dos sentimentos; amor, saudade, etc.

Saudade palavra doce
que traduz tanto amargor;
saudade é como se fosse
espinho cheirando a flor...

BASTOS TIGRE

B- Trovas Filosóficas: Contendo ensinamentos, máximas,
pensamentos, etc.

Duas vidas todos temos,
muitas vezes sem saber:
-- a vida que nós vivemos,
e a que sonhamos viver...

LUIZ OTÁVIO

C- Trovas Humorísticas: Como o próprio nome diz,
são trovas que se propõem a fazer rir.

Eu, trabalhar desse jeito,
com a força que Deus me deu,
pra sustentar um sujeito
vagabundo que nem eu ???...

ORLANDO BRITO

Para maiores informações sobre a TROVA e a UBT,
fale com IZO GOLDMAN
pelos telefones (11) 3061-5815 ou (11) 9633-2990.

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Plantas e flores em sinos
refletem o nosso estar...
Mais parecem fortes pinos
Repicando  os sons no ar...
by: Lalá