Forma Campo 08: Educação Especial nas escolas do Campo

[10/10 20:38]

Gilcelia Santos Ressurreição

Texto produzido a partir da Live :

Educação Especial nas Escolas do Campo

Apresentação de Washington Nozu e mediação de Higro Souza.

Refletir sobre a Educação Especial nas Escolas do Campo, não é tarefa comum, pois é muito invisibilizado, mas, diante das novas conjunturas, é um processo capaz de movimentar pessoas que não apenas acreditem nas leis que regulamentam os direitos de quem mora no campo, e ao mesmo tempo, são sujeitos com alguma deficiência.

É preciso ter coragem e conhecimentos, pra usar estratégias adequadas pra enfrentar o gigante que atormenta o ser humano, a própria humanidade preconceituosa, as políticas públicas socioeconômicas que não valorizam a pessoa do campo e com alguma Deficiência

A Deficiência não significa incapacidade, assim como a pessoa do campo, não é incapaz, a diversidade cultural pode separar a humanidade didaticamente, porém, existem elos que fazem parte de uma mesma engrenagem, e dependem reciprocamente, de todos e todas.

A educação escolar é um espaço social nobre em seus valores e princípios. Tem profissionais de excelência e sensíveis, porém, assim como qualquer espaço, teremos no grupo aquele ou aquela que infelizmente não consegue ter sensibilidade suficiente pra enxergar o potencial de um ser encantador que mora no corpo de uma pessoa que tem alguma deficiência,e do quanto é capaz de aprender, principalmente morando em uma comunidade que aprende com a natureza a ser forte e corajosa. O campo ensina por meio da paisagem que ofusca a sabedoria de muitos intelectuais.

A Educação do Campo precisa urgentemente ser uma Política Pública, não apenas uma modalidade. Precisamos crescer junto com as propostas de elaboração das Diretrizes do campo. Espelhar nossos rostos e de nossos estudantes, no Projeto Político Pedagógico das nossas escolas. Convidar os movimentos sociais para adentrar seus lugares de direito nas cadeiras das escolas, unir força e sabedoria com as associações das comunidades. E juntos e juntas, pensarmos numa educação de fato inclusiva.

Iniciar uma força tarefa no sentido de compreender a necessidade de formação profissional para todos e todas docentes. Para não serem tomadas pela surpresa de terem que aprender com quem fará parte da sala de aula, seja pessoa com deficiência física, visual, etc, para que tenha também o prazer de ensinar, pois munido (a) de estratégias, saberá conduzir o alicerce do saber de cada estudante. Revolucionar é isso. Desafiar a si, ao mundo. E fazer de cada semente plantada sua liberdade.

No que se refere ao contraturno para atendimento especializado de pessoas com deficiência e que moram no campo, gostaria de saber qual é a mágica que pode garantir uma criança ir e vir, no contraturno para fazer valer seu direito? Pensei em algumas possibilidades, porém, compreendo que qualquer uma possibilidade apresentada, negará o direito de alguém . Muitas vezes, trangredimos para garantir. O ou a estudante na sala de aula, com sérias dificuldades, pois a defasagem de aprendizagem, e muitas vezes a limitação que faz dela muito especial pra nós docentes, não nos permite tirá-la por um período da sala, mas nos permite refletir que sem esta transgressão, poucos estarão matriculados (as) nas salas de recursos. Pois, nenhuma família com um filho ou uma filha com deficiência, terá energia pra se desdobrar tanto e garantir a ida e volta num mesmo dia, de seu bem mais preciso, que inclusive, ocupa parte significativa do tempo da família.

Ainda não existe uma fórmula,e graças ao senhor Deus, para dar conta de tanta demanda. Mas, já existem diversas esperanças pairando nas mentes de muitos e muitas brasileiros (as)

Que chegue pra todos e todas as formações pra aprendermos por meio do regime de colaboração tudo que é possível para sermos cada dia melhores.

Leah Ribeiro Pinheiro
Enviado por Leah Ribeiro Pinheiro em 11/10/2023
Reeditado em 27/10/2023
Código do texto: T7906436
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