Quando eu era adolescente, morou em minha casa, porque os meus pais o receberam quando ele atravessava uma fase difícil de sua vida, um rapaz muito querido. Ele havia sido funcionário de um tio, que é gêmeo de minha mãe, em sua empresa imobiliária. Eu era uma menina e ele um adulto que me dava muita atenção, pois me achava uma adolescente de bem com a vida. Pois bem, eu me mudei para os EUA e nunca mais ouvi falar sobre ele, que ficou, nitidamente, nas minhas doces lembranças. Há quem acredite que ALEGRIA não bata na porta. Entretanto, hoje pela manhã, alguém chamava pelo meu nome ao portão, que estava aberto porque há um pedreiro fazendo alguns trabalhos, em minha casa, aos quais eu contratei. A princípio, eu pensei que estivessem me chamando para fazerem a entrega de materiais de construção que eu havia encomendado. Quase que eu pedi para a Stefani (trabalha para mim) atender ao chamado. Contudo, por alguma razão, eu decidi ir ver quem era.
Qual foi a minha surpresa? 
Era aquele moço de olhos azuis e cabelos negros encaracolados – quem chamava - numa versão atualizada. Seus cabelos que eram muitos, ainda
continuam, porém grisalhos. - “Mari! É o Toninho”. Eu fiquei um pouco sem saber o que dizer, por não tê-lo reconhecido imediatamente. Ao lembrar, abri um sorriso. 
Ah! Que visita inesperada e alegre. Eu mal pude acreditar que depois de trinta anos pudesse vê-lo novamente. Eu falei para ele que sua visita foi como uma bela flor trazida, para mim, pela primavera. Ele se emocionou ao ouvir, e seus olhos umedeceram. Que dia bonito. Eu estava mesmo precisando de que algo bonito e inesperado acontecesse para alegrar a minha felicidade, que anda meio murchinha.
Mari S Alexandre
Enviado por Mari S Alexandre em 23/09/2014
Reeditado em 25/07/2015
Código do texto: T4973818
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