(orações: f(R)ases)

fins do tempo
Tic-tic-tic… o barulho do isqueiro automático do esquentador a acender!
Desço as escadas e estou levantado, sentado, a escrever.
Na cama tu acordaste e disseste:
− Que frio! Tapas-me as costas, dizendo:
− Tu destapas-te todo...
Acordei e levantei, a Mim deitou-se de novo. Fico sozinho, sem imaginação. Ficou a acção, imaginar é pensar com imagens.
− Tens fome? A imaginação fala comigo, para responder tenho de pensar:
"Ela deixou pão de milho e manteiga, tenho fome?" Sei muito bem que o problema não é ter ou deixar de ter… Vou comer (qualquer coisa…)!
Qualquer coisa…
Devemos deixar sempre uma ideia em aberto para continuarmos o nosso texto, deste modo o romance está garantido: a escrita não pára.

Para romancista não tenho jeito, gosto, ou vocação. Deve ter sido este (o) motivo pelo qual quis escrever um romance, depois… ganha-se o gosto.
Ando desde sempre à procura das palavras dentro das palavras, é um sexo peludo de mulher (o) artigo definido (.)

O ponto nevrálgico da escrita está no acto
De escrever de algum modo o meio
E os extremos do ser nu sexo

ODE

O ACRÓSTICO EXPLODE NA TUA BOCA, ganha vida, lei_tu_ra…
Preparo o pequeno-almoço e ouço:

ODE
ponto nevrálgico da escrita está nu acto
de escrever de algum modo o meio
e os extremos do ser nu sexo

Enquanto isto, nada mais existe, a voz é como uma noz que se abre e dá…
A voz desta leitura digital das palavras a acontecerem com o tecer em Mim da voz da Mim ou dum fantástico poeta acordado dos "fins do tempo" para ganhar vida, matéria, e proporção.!.
É o Assim com a sua erecção monumental de Virgem Maria segurando duas bolas nas mãos, segurando os mundos da imaginação (.!.)
R

Em mim é o Assim que ama a Mim, o amor cantado pelo(s) poeta(s)…
Sento-me (sinto-me nesse estado…) a ler os comentários e paro, reparo, sinto-me - na necessidade - de escrever o que vão poder ler, re_apareço.
Os comentários:

23/01/2007 22h11 - Raferty
Parei em "Mini-crônicas". Por enquanto. Minhas baterias se recarregam e a dúvida do Elias é a minha... só que não tenho medo aonde a la nave vá. É Phineas de um lusitano Ulisses? Forte abraço
21/01/2007 12h40 - Elias Borges de Campos
As vezes me pergunto: onde o Francisco quer nos levar? É sempre uma aventura viajar à deriva de sua nau, abraços. 

(antes de colocar o texto encontrei a categoria "orações", oRei...)

{A integração?... Veja em Dia 27
http://www.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=343994}
Francisco Coimbra
Enviado por Francisco Coimbra em 27/01/2007
Reeditado em 30/01/2007
Código do texto: T360450