IGUALDADE DE DIREITOS

IGUALDADE DE DIREITOS

Imagine após anos de dedicação, entrega e muito carinho. Você vê seu filho passando por humilhações de todos os tipos, sem que você nada possa fazer?

Os pais criam os filhos, para que estes cresçam e se tornem indivíduos respeitáveis, mas de repente os vê submetido aos desejos e ordens de alguém que escolhera para amar, aproveitando-se de sua personalidade fraca, humilhando-o sem o menor constrangimento, ou pudor. Essa forma sádica de tratar outro ser humano, é cruel, abominável, desrespeitosa e covarde, pois se aproveitando desse sentimento que lhe é concedido sem cobrança ou interesse, passa a esnobar, fazer pouco de algo tão nobre como o amor. É inaceitável que presenciemos esse tipo de conduta, sem nos manifestar de alguma forma? Afinal somos iguais e temos os mesmos direitos.

Porém, existem aqueles que possuem uma carência afetiva maior, mas nem por isso podemos inferiorizá-los e por que faríamos? Por serem mais transparentes, menos defensivos, um tanto diferente em sua maneira de se entregarem? Não! Eles também têm que ser respeitados, ou acabaremos caindo agarrados em nosso ego.

Relações são feitas de amor, amizade, compreensão, confiança e acima de tudo respeito, se esses deixam de existir, a relação deixa de existir. Os que mais sofrem são aqueles que não conseguem viver, ou suprir a ausência do companheiro como se este fosse insubstituível. Vezes o homem, vezes a mulher, não há necessariamente uma distinção de sexo. O que ocorre é que os homens não admitem abertamente sua submissão, talvez por vergonha, medo, ou simplesmente orgulho.

Em muitos casos esse é o primeiro passo para a agressão verbal e em seguida a física. Já é possível vermos sem que nos esforcemos, agressões de todos os tipos e em todas as classes sociais. Essas vão de casos banais, chegando a extremos, como a homicídios monstruosos, que chocam a sociedade, só então providencias são tomadas. Tarde demais.

Nossas leis não previam punições para agressores mesmos que não sejam presos em flagrantes, graças leia “Maria da Penha”. Antes dela abria precedentes onde acabava se formando uma lacuna aumentando os casos de violência entre casais.

As estatísticas mostram que as denúncias de agressores estão aumentando depois da criação desta lei, tornando louvável, admirável, ver uma mulher, ou mesmo um homem lutando por seus direitos, não se deixando pisar.

Quem nunca presenciou uma dependência sentimental? Aquela cujo homem ou a mulher, diz não suportar a ausência do parceiro. É algo deprimente principalmente se a recíproca não for verdadeira. Percebendo-se que uma relação não vai bem há muito tempo, algo deve ser feito, tudo é válido, desde uma quebra na rotina, até a inevitável separação quando a convivência se torna insustentável. É então que devemos ser compreensivos, apoiando sem questionar tal decisão depois de tomada. Procuramos sempre frisar que este apoio deve ser estendido a ambos os sexos, pois por mais que os homens tentam omitir sua fragilidade diante do sexo oposto, sabemos que são tão vulneráveis quanto às mulheres.

É gratificante e suntuoso ver alguém se refazer, se reerguer, após uma queda, superando a frustração de um amor não correspondido, procurando dar seguimento a outros projetos, excluindo aquele que tomou parte de sua vida sem merecer. Devemos assim valorizar o esforço de uma garota que vai contra todos os princípios ensinados pelos pais, tomando inicialmente um caminho errado e em seguida percebe o erro cometido, volta atrás e toma uma atitude, se mostrando capaz de sair da relação mal resolvida, onde não se teve paz, onde não encontrou o respeito esperado. Encontrando sim, a agressão que depois de um tempo passa a tomar o lugar do diálogo. Mas é bom frisarmos que nunca é tarde para recomeçar uma nova vida, mesmo que seja só. Lembrando que, pode-se esquecer um amor amando novamente, dando uma nova oportunidade ao coração, pois em meio à violência, fica impossível que uma relação crie raízes. Vamos procurar sermos mais compreensíveis e humanos, respeitando o espaço alheio, dando o direito a quem estiver ao nosso lado, de se expressar, de mostrar o que realmente deseja para si e para quem diz amar. Para que não haja agressões, tampouco desigualdade entre nós...

Luiz Miguel
Enviado por Luiz Miguel em 06/07/2008
Código do texto: T1066921
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