Onde a mão não alcança meus olhos em leve toque afagam,
Beijam com bocas de desejo e fome voraz,
Rabiscam contornos invisíveis e nos une no elo forte da paz.
Invado os sonhos impressos em ti, como luz de estrela rasgando o céu,
Gorjeio nos quintais das suas mais sublimes quimeras,
Abrigo minha poesia no universo dos teus lindos versos de amor,
Dos suntuosos poemas escritos no infinito do seu olhar,
Onde serei eterno assim como eterno serás em mim.
 
Percorro a derme da esperança que enverdece teus sonhos brandos,
Ouço a voz dos corações – abissais célicos – que segredam amores
Revivo a vida que só é vida porque mataste a morte.
 
Serei cantador e contador das cantigas e silvos no alvorecer da vida;
Uma espécie de rouxinol fazendo prólogos
Alcoviteiros para um amar límpido como água fresca de cachoeira.
 
Vencerei meus medos.
Insistirei na luta.
Salmo arei meus cânticos de júbilo,
Independente dos prantos e dos espinhos postos nos meus pés,
Travando meu caminhar, ofuscando em dor meu alvorecer...
Ainda assim cantarei, pois teu carinho e teu amor acalmam meu padecer.  

luznaentradadotunel
Enviado por luznaentradadotunel em 19/08/2009
Reeditado em 19/08/2009
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