Charlot - Gênio indomável.

          Chamado na Europa por "Charlot",  Charles Spencer Chaplin, gênio das artes cênicas, da época vitoriana aos anos setenta, uma carreira longa em um século carregado de bombas, onde o humor sempre esteve na outra calçada, e mesmo assim fez a alegria de gerações.
            Um canhoto por natureza, e também nas ideologias,  era de esquerda, o que não significa que foi comunista, nunca houve uma definição quanto a isso.  Creio que ele foi um homem fora do seu tempo, tinha uma visão única de mundo.
            Não tinha roteiros para fazer os filmes, apenas ideias que se desenvolviam no decorrer das cenas,  improvisava muito, era intuítivo e engraçado em cena, muito inteligente e perspicaz sempre tinha o domínio dessa improvisação , todavia era extremamente exigente com os atores, e às vezes ficava furioso,  era genial e genioso, as duas coisas. Fazia repetir as cenas inúmeras vezes, até que não ficassem como desejava.
             Casou-se quatro vezes, era difícil e não podia ver um " rabo de saia",  só na última relação é que se aquietou, já com mais de cinquenta anos, com a jovem Oona O'Neil , de dezoito anos.
             As suas habilidades foram incontáveis; músico, ator, mímico, regente, escritor, compositor, etc.  Inspirou a muitos comediantes famosos, ninguém fez cinema com tanta criatividade quanto ele,  em um tempo onde as palavras não existiam, eram só imagens.
              Quando eu era criança gostava do personagem " Charlot", conhecido no Brasil e na Argentina como Carlitos,  e pegando as roupas do meu avô ; chapéu, sapatos, bengala, o ficava imitando pela casa, adorava aquela magia que ela passava . O conhecíamos do cinema, ninguém tinha televisão , mesmo assim a arte se difundia muito rápido, como rastilho de pólvora.
                Ele morreu no natal de 1977, aos 88 anos, e seu caixão foi roubado três meses depois, os bandidos  (poloneses), queriam extorquir a viúva, mas não lograram o intento, a polícia o encontrou .
                Deixo aqui uma página para este gênio indomável, que deu tantas alegrias ao mundo e ainda dá, o humor se perpetua assim como o som.
             

 
Aragón Guerrero
Enviado por Aragón Guerrero em 16/08/2018
Reeditado em 16/08/2018
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